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GUERRA SEM LIMITES
Para Bush, prisão de Abu Faraj al Libbi, considerado estrategista de atentados, é "vitória da liberdade"
Detido no Paquistão suposto 3º da Al Qaeda
DA REPORTAGEM LOCAL
O Exército paquistanês prendeu ontem Abu Farraj al Libbi,
terrorista considerado o terceiro
na hierarquia da Al Qaeda, organização comandada pelo saudita
Osama bin Laden, responsável
pelo 11 de Setembro.
A detenção aconteceu após troca de tiros na região de Mardan,
um lugarejo distante 50 km de
Peshawar, principal cidade da região noroeste do Paquistão.
O paquistanês Al Libbi foi preso
junto com outros 11 suspeitos de
terrorismo -três uzbeques, um
afegão e sete paquistaneses.
Considerado um estrategista de
operações terroristas, Al Libbi é
suspeito de ter arquitetado um
atentado para assassinar o general
Pervez Musharraf, presidente do
Paquistão.
Se condenado, ele pode até encarar a pena de morte.
Enquanto as autoridades de Islamabad anunciavam que a prisão de Al Libbi indica o fechamento do cerco contra Bin Laden,
de Washington, o presidente norte-americano elogiava a operação. A cooperação entre o saudita
e o paquistanês começou em 1991,
quando a Al Qaeda iniciava sua
organização no Sudão, explicou
um funcionário do Ministério do
Interior do Paquistão.
"Al Libbi era um dos principais
generais de Bin Laden. Ele comandou vários planos da rede da
Al Qaeda. Sua prisão elimina um
perigoso inimigo, que é uma
ameaça direta aos EUA e aos que
amam a liberdade", declarou
George W. Bush.
O presidente americano concluiu: "Permaneceremos na ofensiva, até derrotar a Al Qaeda".
Segundo autoridades dos EUA.,
a prisão de Al Libbi foi o fato mais
importante desde 1º de março de
2003, quando Khalid Shaikh Mohammed também foi detido no
Paquistão.
Para os norte-americanos, a
ação de ontem foi resultado de
meses de trabalho de inteligência
entre a CIA (o serviço secreto dos
EUA) e as forças do Paquistão.
Uma fonte ligada à inteligência
paquistanesa afirmou que a presença de estrangeiros no local onde Al Libbi foi preso foi um dos
principais indícios seguidos por
seus captores.
Aftab Khan Sherpao, o ministro
do Interior do Paquistão, afirmou
que o governo dos EUA oferecia
US$ 10 milhões por informações
que levassem a Al Libbi.
Com agências internacionais
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