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Estudantes entregam petição de garantia para manifestações
DE CARACAS
Horas depois de terem sido
chamados de "peões do império" pelo presidente Hugo Chávez, alguns milhares de estudantes universitários venezuelanos voltaram às ruas de Caracas ontem em favor da liberdade de expressão.
Aos gritos de "somos estudantes, não somos golpistas", o
grupo deixou a praça Brion, na
região leste de Caracas, e caminhou até a sede do Supremo
Tribunal de Justiça.
Após passar por oito cordões
de policiais e militares, uma comissão entregou um documento em que exige garantias para
realizar marchas e a libertação
de estudantes presos.
A Prefeitura do município Libertador (centro de Caracas),
comandada pelo chavista
Freddy Bernal, voltou a impor
dificuldades.
Bernal mudou a rota sob a
alegação de que havia manifestações chavistas no caminho.
Em vez de passar pelo centro da
cidade, seria prolongada a fim
de seguir por uma via expressa.
Depois de muita discussão entre estudantes e a polícia, a prefeitura cedeu, e a marcha terminou sem incidentes.
Anteontem, Chávez disse
que os universitários são
"peões do imperialismo, isso
me dá tristeza".
FABIANO MAISONNAVE
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