São Paulo, sábado, 05 de junho de 2010

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FOCO

Após traição, mulher de líder sul-africano é expulsa de casa

FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO

Uma das mulheres do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o teria traído com seu guarda-costas, notícia que foi saudada ontem por feministas de todo o país como sendo uma merecida vingança contra ele.
Nompumelelo Ntuli, a segunda mulher do presidente, assumidamente polígamo, teria sido expulsa da casa da família no Natal passado por ter "desonrado" Zuma, segundo reportagem publicada pelo jornal "Ilanga".
A Presidência sul-africana, em um comunicado, negou as informações e protestou contra o que considerou uma invasão da privacidade de Zuma.
"Os relatos aparentam ser parte de uma campanha maliciosa permanente para minar o direito do presidente e de sua família à privacidade e à dignidade", diz o texto.
"O presidente Zuma continua a se dedicar a questões de Estado e não se desviará de suas funções. Ele não dignificará tal fofoca com uma resposta", concluiu o comunicado. A mulher do presidente não se manifestou sobre a notícia.
Apimentando ainda mais a história, o suposto amante de Ntuli, o guarda-costas Phinda Thomo, morreu pouco tempo após o presidente ter descoberto o caso. Não foi divulgado quando e em que circunstâncias isso ocorreu.
Ainda segundo o jornal, publicado na língua zulu e baseado em Durban, o caso vem sendo abafado pelo presidente, tanto que a suposta traidora o está acompanhando numa visita oficial à Índia.
O presidente tem 20 filhos, de diversos casamentos. Ele tem três mulheres, uma namorada e um número não conhecido de amantes.
No início do ano, foi descoberto um filho dele fora dos vários casamentos, o que gerou protestos políticos, inclusive de aliados.
Zuma estaria dando mau exemplo ao praticar sexo sem proteção num país em que 18% da população adulta tem o vírus da Aids.
Na África do Sul, a poligamia é um direito reconhecido na Constituição, com base no respeito a costumes tradicionais africanos. Zuma é um zulu, grupo étnico no qual a prática é disseminada.
Não há limite de número mulheres por homem, mas cada uma tem direito a uma parcela dos bens do marido ao se casar. Por isso, muitos homens poligâmicos decidem também ter amantes.


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