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Ayodhya tem
ambiente tenso
do "The Independent"
O local onde o VHP e seus aliados querem construir o templo a
Ram, em Ayodhya, é um dos terrenos mais estranhos e perturbadores em todo o país.
Atraídos pela controvérsia, e
também, possivelmente, por serem adoradores do deus Ram, que
supostamente teria nascido ali, o
local vive repleto de nacionalistas
indianos agressivos.
Talvez seja o único lugar na Índia onde os homens brancos se
sentem nitidamente indesejados e
implicitamente ameaçados. Devastada, como o resto do norte da
Índia, pelas sucessivas invasões
que marcaram o último milênio
de sua história, Ayodhya dá a impressão de já ter se acostumado a
viver seus dias entre ruínas. O lugar é poeirento, decrépito, abandonado.
Segurança rígida
A área que circunda o próprio
templo fica fechada ao público e é
permanentemente patrulhada pelo Exército. Os soldados são trocados a cada poucos meses, para evitar que criem amizades com os habitantes locais. As revistas pessoais, de bagagem e de segurança
costumam ser superficiais na Índia, mas aqui são meticulosas e
demoradas.
Quando o visitante ultrapassa
esse primeiro obstáculo, é escoltado por um caminho estreito e tortuoso entre altas barreiras metálicas, sob o olhar atento de várias
torres de vigia, até chegar a outra
barreira, onde são confiscados objetos pessoais como canetas, máquinas fotográficas, pentes e caixas de fósforos.
Finalmente, é autorizado a avançar até o "darshan" -o lugar onde vai "contemplar o deus", uma
pequena barraca branca contendo
uma imagem do deus Ram, montada por fiéis após a destruição da
mesquita.
Essa frágil barraca é a semente
do grandioso templo que se pretende erguer no local. Depois de
alguns segundos -pouco tempo
para absorver aquilo que se está
vendo-, o visitante é forçado a
seguir adiante. A peregrinação terminou.
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