São Paulo, quarta-feira, 05 de setembro de 2007

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Justiça israelense ordena que muro desvie de vila na Cisjordânia

Fim de batalha judicial de 30 meses é vitória para comunidade de palestinos

DA REDAÇÃO

A Suprema Corte de Israel ordenou ontem que o governo do país retrace parte da linha em que está sendo erguida uma barreira para separar o território do país da Cisjordânia. A sentença é favorável à comunidade palestina de Bilin, uma aldeia situada dentro da Cisjordânia, cerca de 10 km a oeste de Ramallah.
Os palestinos alegavam que a barreira estava separando suas casas dos campos agrícolas que eles cultivam. Após uma batalha de dois anos e meio nos tribunais, a Justiça deu ganho de causa à comunidade.
Tendo iniciado sua construção em 2002, os israelenses pretendem, com esse muro, isolar a Cisjordânia fisicamente e assim impedir ataques de homens-bomba que cruzavam a fronteira para se explodir em cidades de Israel. A construção também decretaria o fim de uma aspiração nacionalista de anexar a Cisjordânia a Israel.
Já os palestinos vêem o muro como uma forma de Israel tomar parte de suas terras, já que o traçado da construção prevê a incorporação de cerca de 8% do território palestino às fronteiras israelenses. Além disso, ele impediria a livre circulação entre Israel e a Cisjordânia.
Também ontem, o vice-premiê israelense, Haim Ramon, pediu, em uma entrevista no rádio, que sejam cortados o combustível, a eletricidade e a água para a faixa de Gaza, região controlada pelo grupo extremista islâmico Hamas. O corte seria uma resposta aos freqüentes ataques com foguetes a Israel que têm partido de Gaza. Ontem um foguete caiu próximo a uma creche, assustando crianças e seus pais.
O gabinete de Segurança israelense se reunirá hoje para decidir se e como retaliará os ataques vindos de Gaza.


Com agências internacionais


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