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Justiça israelense ordena que muro desvie de vila na Cisjordânia
Fim de batalha judicial de 30 meses é vitória para comunidade de palestinos
DA REDAÇÃO
A Suprema Corte de Israel
ordenou ontem que o governo
do país retrace parte da linha
em que está sendo erguida uma
barreira para separar o território do país da Cisjordânia. A
sentença é favorável à comunidade palestina de Bilin, uma aldeia situada dentro da Cisjordânia, cerca de 10 km a oeste de
Ramallah.
Os palestinos alegavam que a
barreira estava separando suas
casas dos campos agrícolas que
eles cultivam. Após uma batalha de dois anos e meio nos tribunais, a Justiça deu ganho de
causa à comunidade.
Tendo iniciado sua construção em 2002, os israelenses
pretendem, com esse muro,
isolar a Cisjordânia fisicamente e assim impedir ataques de
homens-bomba que cruzavam
a fronteira para se explodir em
cidades de Israel. A construção
também decretaria o fim de
uma aspiração nacionalista de
anexar a Cisjordânia a Israel.
Já os palestinos vêem o muro
como uma forma de Israel tomar parte de suas terras, já que
o traçado da construção prevê a
incorporação de cerca de 8% do
território palestino às fronteiras israelenses. Além disso, ele
impediria a livre circulação entre Israel e a Cisjordânia.
Também ontem, o vice-premiê israelense, Haim Ramon,
pediu, em uma entrevista no
rádio, que sejam cortados o
combustível, a eletricidade e a
água para a faixa de Gaza, região controlada pelo grupo extremista islâmico Hamas. O
corte seria uma resposta aos
freqüentes ataques com foguetes a Israel que têm partido de
Gaza. Ontem um foguete caiu
próximo a uma creche, assustando crianças e seus pais.
O gabinete de Segurança israelense se reunirá hoje para
decidir se e como retaliará os
ataques vindos de Gaza.
Com agências internacionais
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