|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
UNIÃO EUROPÉIA
Mesmo assim, francês apóia adesão turca
Para Jacques Chirac, Turquia tem de passar por "revolução cultural"
DA REDAÇÃO
O presidente da França, Jacques
Chirac, afirmou ontem que a Turquia precisará passar por uma
"revolução cultural" se quiser se
tornar um membro integral da
União Européia. A declaração foi
feita em Paris, durante encontro
com o primeiro-ministro italiano,
Silvio Berlusconi, um dia após a
abertura das negociações sobre a
adesão turca ao bloco europeu.
Chirac, no entanto, reiterou seu
apoio à candidatura da Turquia e
fez um ataque velado ao ministro
do Interior francês, Nicolas Sarkozy, afirmando que os opositores às negociações tentavam tirar
conclusões precipitadas sobre o
assunto. Sarkozy, que almeja se
candidatar à Presidência da França, defendeu que a Turquia tivesse
uma "parceria privilegiada" em
vez da completa integração à UE.
Segundo pesquisa do Eurobarômetro, mais de 80% da população
francesa é contrária à entrada dos
turcos no bloco europeu.
"Vai dar certo? Eu não sei; espero que sim", disse Chirac.
O início das negociações sobre o
ingresso dos turcos na União Européia só foi confirmado na noite
de anteontem, numa reunião em
Luxemburgo. O grande obstáculo
para o acordo foi a resistência dos
austríacos, que se opunham às
conversações com os turcos. Uma
das condições para que a Áustria
cedesse foi a reabertura das negociações da Croácia com a UE.
Viena assumirá a presidência
rotativa do bloco, atualmente sob
poder do Reino Unido, a partir de
1º de janeiro de 2006. Para analistas, a gestão austríaca poderá ter a
mesma combatividade demonstrada na reunião de anteontem.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Estudo: Mais de 200 mi de jovens são pobres, diz ONU Próximo Texto: América do Sul: Grupo de ex-presidente é acusado de comprar votos na Argentina Índice
|