São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2005

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UNIÃO EUROPÉIA

Mesmo assim, francês apóia adesão turca

Para Jacques Chirac, Turquia tem de passar por "revolução cultural"

DA REDAÇÃO

O presidente da França, Jacques Chirac, afirmou ontem que a Turquia precisará passar por uma "revolução cultural" se quiser se tornar um membro integral da União Européia. A declaração foi feita em Paris, durante encontro com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, um dia após a abertura das negociações sobre a adesão turca ao bloco europeu.
Chirac, no entanto, reiterou seu apoio à candidatura da Turquia e fez um ataque velado ao ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, afirmando que os opositores às negociações tentavam tirar conclusões precipitadas sobre o assunto. Sarkozy, que almeja se candidatar à Presidência da França, defendeu que a Turquia tivesse uma "parceria privilegiada" em vez da completa integração à UE. Segundo pesquisa do Eurobarômetro, mais de 80% da população francesa é contrária à entrada dos turcos no bloco europeu.
"Vai dar certo? Eu não sei; espero que sim", disse Chirac.
O início das negociações sobre o ingresso dos turcos na União Européia só foi confirmado na noite de anteontem, numa reunião em Luxemburgo. O grande obstáculo para o acordo foi a resistência dos austríacos, que se opunham às conversações com os turcos. Uma das condições para que a Áustria cedesse foi a reabertura das negociações da Croácia com a UE.
Viena assumirá a presidência rotativa do bloco, atualmente sob poder do Reino Unido, a partir de 1º de janeiro de 2006. Para analistas, a gestão austríaca poderá ter a mesma combatividade demonstrada na reunião de anteontem.


Com agências internacionais

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