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Chanceler de Cuba defende flexibilização, sem dogmas
DA EFE
Em debate com universitários em Havana, o chanceler
cubano, Felipe Pérez Roque,
disse anteontem que seu país
"deve se adaptar às novas realidades, com flexibilidade e sem
dogmatismos".
A afirmação do ministro,
apontado por alguns como um
dos possíveis sucessores de Fidel Castro em caso da manutenção do regime de partido
único, veio em meio à discussão
do que aconteceria com Cuba
caso os Estados Unidos levantem o embargo comercial decretado há 48 anos.
Um estudante indagou se seriam mudados "os métodos de
gestão deficientes" pelos quais,
segundo recente discurso de
Raúl Castro, presidente interino, "temos terras, mas não temos como fazê-las produzir".
Pérez Roque não acenou com
a possibilidade de uma reforma
em profundidade do regime.
Apesar de defender a "flexibilidade", afirmou que "devemos
respeitar o socialismo como
um princípio". Disse que o embargo comercial cria carências
que "levam à centralização" do
que deu a entender ser o sistema cubano de produção e consumo de bens e serviços.
Em outra crítica aos problemas internos do regime, disse
que o embargo comercial dos
Estados Unidos "não justifica
os problemas, os erros e os tropeços" que foram cometidos.
Segundo ele, o embargo já
custou a Cuba US$ 89 bilhões.
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