São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007

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Chanceler de Cuba defende flexibilização, sem dogmas

DA EFE

Em debate com universitários em Havana, o chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, disse anteontem que seu país "deve se adaptar às novas realidades, com flexibilidade e sem dogmatismos".
A afirmação do ministro, apontado por alguns como um dos possíveis sucessores de Fidel Castro em caso da manutenção do regime de partido único, veio em meio à discussão do que aconteceria com Cuba caso os Estados Unidos levantem o embargo comercial decretado há 48 anos.
Um estudante indagou se seriam mudados "os métodos de gestão deficientes" pelos quais, segundo recente discurso de Raúl Castro, presidente interino, "temos terras, mas não temos como fazê-las produzir".
Pérez Roque não acenou com a possibilidade de uma reforma em profundidade do regime. Apesar de defender a "flexibilidade", afirmou que "devemos respeitar o socialismo como um princípio". Disse que o embargo comercial cria carências que "levam à centralização" do que deu a entender ser o sistema cubano de produção e consumo de bens e serviços.
Em outra crítica aos problemas internos do regime, disse que o embargo comercial dos Estados Unidos "não justifica os problemas, os erros e os tropeços" que foram cometidos.
Segundo ele, o embargo já custou a Cuba US$ 89 bilhões.


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