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No longo prazo, maiores avanços são de China, Coreia e Irlanda
DA SUCURSAL DO RIO
Flutuações de um ano para o
outro no IDH podem dizer
pouco sobre o avanço dos países, já que os dados são constantemente revisados pelo
Pnud. No entanto, um olhar de
mais longo prazo permite identificar as nações que mais se
destacaram pelos avanços contínuos, casos de China, Coreia
do Sul e Irlanda.
Considerando apenas os 115
países para os quais há dados
desde 1990, a China foi o país
que mais posições cresceu no
ranking, passando da 81ª posição para a 63ª. O destaque no
caso chinês é o forte crescimento do PIB per capita, mas o
país também conseguiu consideráveis avanços na educação.
Em 1990, a taxa de analfabetismo adulto no país era de
27%, percentual maior que os
19% registrados para o Brasil
naquele ano. Dezessete anos
depois, a China conseguiu reduzir sua taxa para 7%, enquanto o Brasil parou em 10%.
Coreia do Sul e Irlanda, dois
países considerados exemplares pelo investimento em educação, também registraram
avanços significativos.
No caso coreano, o país pulou
da 40ª posição para a 23ª. Além
do investimento em ensino, os
avanços em termos de expectativa de vida e PIB per capita foram expressivos.
Em 1990, o país tinha uma
expectativa de vida semelhante
a da Venezuela (70 anos) e um
PIB per capita 4% superior ao
do país sul-americano.
Desde então, os asiáticos obtiveram um ganho de nove anos
na expectativa de vida (ante 3,6
dos venezuelanos) e seu PIB
passou a ser o dobro.
A Irlanda, por sua vez, saiu da
20ª posição para a 5ª. Em 1990,
ela ainda estava atrás da Itália,
especialmente porque seu PIB
per capita era 45% menor do
que o italiano.
Após 17 anos, a Irlanda já
aparece com um PIB per capita
de US$ 45 mil, 47% maior do
que os US$ 30 mil registrados
na Itália, numa comparação
que leva em conta o poder de
compra da moeda em cada país.
Brasil acima da média
Nessa comparação de longo
prazo, o Brasil também conseguiu avançar mais do que a média dos países, ganhando sete
posições (de 59º para 52º, considerando apenas 115 nações).
Entre os países que mais perderam posições, estão África do
Sul, Rússia, Zâmbia, Tadjiquistão e Moldova.
No caso da Rússia, Moldova e
Tadjiquistão, a principal explicação foi o colapso financeiro
após o fim dos regimes comunistas, o que acabou afetando
também a expectativa de vida.
Já nos dois países africanos
dessa lista negativa, a queda deve-se principalmente à epidemia de HIV, que reduziu bruscamente a expectativa de vida.
Nos dois casos, a queda de 1990
para 2007 nesse indicador foi
de dez anos: 62 anos para 52
anos no caso sul-africano, e de
55 para 45 no da Zâmbia.
(AG)
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