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Holanda começa julgamento de líder de partido contrário ao islã
Defesa acusa juiz de parcialidade, e primeira sessão é adiada
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Justiça holandesa começou a julgar ontem o deputado Geert Wilders, líder do extrema direita PVV (Partido
pela Liberdade). Ele é acusado de propagar discurso racista contra o islã.
A sessão, porém, foi adiada depois que o advogado de
Wilders colocou o presidente
da Corte, Jan Moors, sob suspeita de parcialidade. Moors
havia criticado o fato de o deputado não querer depor.
Se condenado, o réu poderá passar um ano na cadeia,
mas, segundo a lei holandesa, não perderá o mandato.
A Promotoria juntou algumas declarações do réu nos
últimos anos: "Tive o bastante de islamismo nos Países
Baixos"; "Não deixe mais nenhum muçulmano migrar";
"Tive o bastante do Corão
nos Países Baixos, proíba esse livro fascista".
Para Wilders, a questão
trata da liberdade de expressão e de pensamento. "Eu
sou um suspeito aqui, porque tenho expressado minha
opinião como um representante do povo", defendeu-se
aos magistrados, ao iniciar
seu depoimento.
"Formalmente, estou em
julgamento hoje, mas comigo, a liberdade de expressão
de muitos, muitos holandeses, está sendo também julgada", disse Wilders, com o
peso de 1,4 milhão de eleitores nas eleições de junho, terceiro maior número de votos.
Depois, o deputado invocou o direito de silêncio durante o interrogatório. O juiz
Moors então sugeriu que ele
queria fugir do debate.
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