São Paulo, sábado, 05 de novembro de 2011

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Israel impede flotilha de chegar a Gaza

Dois barcos com 27 ativistas e jornalistas de nove países foram abordados em mar aberto pela Marinha israelense

Navios tentavam furar bloqueio naval imposto a palestinos em Gaza desde 2007; ação não registrou feridos

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

Dois barcos com ativistas pró-Palestina foram interceptados ontem pela Marinha israelense em mais uma tentativa de desafiar o bloqueio naval à faixa de Gaza.
Cercados pela Marinha de Israel, os barcos não pararam e foram abordados -mas não houve feridos. Eles foram escoltados ao porto israelense Ashdod, onde os ativistas foram entregues à polícia.
As duas embarcações, de bandeiras canadense e irlandesa, levavam 27 ativistas e jornalistas de nove países.
Segundo um comunicado das Forças Armadas de Israel, os barcos foram abordados depois que seus ocupantes ignoraram avisos para que mudassem de rota porque estavam a caminho de uma área sob bloqueio militar.
"Os militares da Marinha de Israel agiram conforme o planejado e tomaram todas as precauções necessárias para garantir a segurança dos ativistas a bordo e a sua própria", diz o comunicado.
No ano passado, nove ativistas turcos foram mortos quando militares israelenses interceptaram uma flotilha humanitária que tentava romper o bloqueio a Gaza.
O incidente gerou uma onda de condenação a Israel e uma crise sem precedentes entre o país e a Turquia.
Há dois meses, uma comissão da ONU que investigou o episódio concluiu que o bloqueio imposto a Gaza é legal e apropriado, mas que Israel usou força excessiva contra os ativistas turcos.
A pressão internacional forçou Israel a aliviar o bloqueio, e a entrada de produtos -com exceção de material de construção- foi praticamente normalizada.
Entretanto, a exportação a partir de Gaza, controlada pelo grupo extremista islâmico Hamas, continua sob severa restrição de Israel.
Huwaida Arraf, porta-voz dos ativistas que foram detidos ontem, afirmou que as tentativas de romper o bloqueio continuarão.
"Apesar dessa agressão israelense, nós vamos continuar chegando, onda após onda, por ar, mar e terra, para desafiar as políticas ilegais de Israel contra Gaza e toda a Palestina", disse ela.
Segundo ativistas, essa foi a 11ª tentativa de romper o bloqueio naval. Apenas cinco dessas missões chegaram ao destino, em 2008.


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