São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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VENEZUELA

Para organizador, greve continua até governo ceder

Opositores saem às ruas para pedir referendo contra Chávez

DA REDAÇÃO

Milhares de opositores venezuelanos saíram ontem às ruas de Caracas para protestar contra o presidente Hugo Chávez, no terceiro dia de uma greve geral convocada para forçá-lo a permitir um referendo sobre se ele deve ou não renunciar ao cargo.
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria, que está em Caracas há semanas para mediar um diálogo entre o governo e a oposição, reuniu-se ontem com representantes dos dois lados para tentar buscar uma saída pacífica para o impasse político.
Carlos Ortega, presidente da CTV (Confederação dos Trabalhadores da Venezuela), um dos organizadores do protesto, disse que a paralisação continuava ontem "um sucesso" e que ela será mantida até que atinja seu objetivo, de forçar o referendo. A paralisação é a quarta contra Chávez em menos de um ano.
O secretário de organização da CTV, Adolfo Padrón, disse que cerca de 70% dos trabalhadores do país estavam parados e que, no setor petroleiro, estratégico para o país, a paralisação era de até 85%. A Venezuela é o quinto maior produtor de petróleo.
Chávez disse que a greve é "uma tentativa desesperada" de derrubá-lo e que vai fracassar. Ele diz que respeitará a Constituição, que permite um referendo apenas após a metade de seu mandato, em agosto de 2003. O mandato de Chávez se encerra em 2007.
O papa João Paulo 2º pediu ontem a retomada do diálogo na Venezuela para que "impere a paz e a harmonia social".


Com agências internacionais


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