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VENEZUELA
Para organizador, greve continua até governo ceder
Opositores saem às ruas para pedir referendo contra Chávez
DA REDAÇÃO
Milhares de opositores venezuelanos saíram ontem às ruas de
Caracas para protestar contra o
presidente Hugo Chávez, no terceiro dia de uma greve geral convocada para forçá-lo a permitir
um referendo sobre se ele deve ou
não renunciar ao cargo.
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria, que está em
Caracas há semanas para mediar
um diálogo entre o governo e a
oposição, reuniu-se ontem com
representantes dos dois lados para tentar buscar uma saída pacífica para o impasse político.
Carlos Ortega, presidente da
CTV (Confederação dos Trabalhadores da Venezuela), um dos
organizadores do protesto, disse
que a paralisação continuava ontem "um sucesso" e que ela será
mantida até que atinja seu objetivo, de forçar o referendo. A paralisação é a quarta contra Chávez
em menos de um ano.
O secretário de organização da
CTV, Adolfo Padrón, disse que
cerca de 70% dos trabalhadores
do país estavam parados e que, no
setor petroleiro, estratégico para
o país, a paralisação era de até
85%. A Venezuela é o quinto
maior produtor de petróleo.
Chávez disse que a greve é "uma
tentativa desesperada" de derrubá-lo e que vai fracassar. Ele diz
que respeitará a Constituição, que
permite um referendo apenas
após a metade de seu mandato,
em agosto de 2003. O mandato de
Chávez se encerra em 2007.
O papa João Paulo 2º pediu ontem a retomada do diálogo na Venezuela para que "impere a paz e
a harmonia social".
Com agências internacionais
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