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IRAQUE SOB TUTELA
Explosões matam 7 na área diplomática da capital; no norte do país, 7 curdos morrem em atentado
Ataques em Bagdá e Mossul matam 14
DA REDAÇÃO
Ao menos sete pessoas morreram e outras 57 ficaram feridas
ontem depois de ataques suicidas
com dois carros-bomba, do lado
de fora de uma delegacia de polícia situada perto da entrada principal da Zona Verde, em Bagdá.
Segundo a CNN, é de 16 o número de mortos na capital, embora não haja confirmação oficial.
Já em Mossul (norte), um homem jogou seu carro contra um
ônibus que levava milicianos curdos, matando pelo menos sete.
Segundo a polícia, todos eram ligados à União Patriótica do Curdistão, um dos dois principais
partidos curdos do norte do Iraque. O partido apoiou a invasão
liderada pelos EUA e faz parte do
governo interino.
Em Bagdá, podia-se ver de longe uma longa coluna de fumaça
negra saindo do local, uma região
superprotegida que concentra a
sede do governo interino, várias
embaixadas estrangeiras e órgãos
de imprensa.
Ainda não se sabe quantos policiais foram mortos nas duas explosões simultâneas, que também
destruíram 35 veículos, incluindo
17 viaturas de polícia. Barulhos de
disparos de tiros puderam ser ouvidos em seguida às explosões.
A explosão foi tão violenta que
chegou a lançar um carro sobre o
teto de um prédio anexo à delegacia. A área em torno do edifício foi
rapidamente esvaziada pelas forças iraquianas e americanas.
Em outro ato de violência, um
soldado foi morto e outro ficou ferido quando uma bomba colocada à margem de uma estrada perto de Baquba (nordeste de Bagdá)
atingiu um comboio militar, informou o porta-voz das Forças
Armadas dos EUA.
A insurgência tem atacado com
freqüência policiais e delegacias
iraquianos nos últimos tempos, o
que seria parte de uma estratégia
para destruir a confiança e a auto-estima das forças de segurança.
Na sexta-feira, foram disparados tiros de morteiro em direção a
uma delegacia de polícia perto do
aeroporto de Bagdá, matando pelo menos 11 policiais e permitindo
a fuga de cerca de 50 presos.
No mesmo dia, em Mossul, insurgentes atacaram delegacias de
polícia e patrulhas norte-americanas. As forças dos EUA abriram
fogo, matando ao menos 22 rebeldes, disse o Exército.
No início da semana passada,
uma outra delegacia de polícia,
em uma parte remota do oeste do
Iraque, havia sido atacada por
forças rebeldes, deixando um saldo de 12 mortos.
No mês passado, em uma ação
coordenada que durou dois dias,
insurgentes atacaram mais de dez
delegacias também na cidade de
Mossul, roubando armas e equipamentos e, em seguida, ateando
fogo aos edifícios.
Fonte de preocupação
Ataques contra forças de segurança locais assim como a falta de
reação destas têm se tornado uma
fonte de preocupação para os comandantes militares norte-americanos, que basearam sua estratégia para deixarem o país no fortalecimento da polícia e da Guarda Nacional.
Ao longo do último ano, os EUA
investiram pesadamente no treinamento da polícia e na militarização da Guarda Nacional, mas
um grande número de membros
tem desertado diante do crescente
número de ataques rebeldes.
Os EUA nutrem a esperança de
que irão garantir a segurança do
país até as eleições previstas para
o fim de janeiro, mas há indícios
de que isso não será possível, pelo
menos em todo o país.
Durante a semana, o Pentágono
anunciou que irá enviar nas próximas semanas mais de 12 mil soldados ao Iraque, com a intenção
de garantir a segurança durante
as eleições. O número de soldados
norte-americanos deverá chegar,
então, a 150 mil, o mais alto desde
a invasão do país.
Com o ataque de ontem subiu
para ao menos 991 o número de
soldados americanos mortos em
combate desde a invasão do Iraque, em 2003. Apenas os carros-bomba foram responsáveis pela
morte de cerca de 30% deles.
Com agências internacionais
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