DE BUENOS AIRES

O governo argentino deu o passo mais difícil para aprovar a prorrogação até o fim de 2008 da Lei de Emergência Econômica, que deu a Kirchner poderes extraordinários.
Por 128 votos a 3 -com quorum de dois deputados além do mínimo necessário-, a medida foi aprovada ontem na Câmara, e agora segue para o Senado.
Decretada em 2002 pelo então presidente Eduardo Duhalde, a lei permite ao Executivo legislar sem a aprovação do Congresso, dá-lhe liberdade para renegociar contratos de obras e serviços públicos e amparo legal contra os credores que não aceitaram renegociar a dívida externa.
Kirchner, que tem prorrogado a vigência da lei anualmente, corre para fazê-lo novamente ainda no fim de seu mandato, poupando sua mulher e sucessora, Cristina, de um constrangimento. Isso porque ela sempre se absteve de votar a favor da prorrogação, à qual se opôs no Senado desde antes de seu marido assumir a Presidência. (RODRIGO RÖTZSCH)


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