São Paulo, domingo, 05 de dezembro de 2010

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"Enquanto meu pai reza pela guerra, eu rezo pela paz"

Em entrevista à Folha, filho de Osama bin Laden diz não concordar com líder da Al Qaeda nem com o que imprensa diz sobre ele

MARIA CAROLINA ABE
DE SÃO PAULO

Ele já teve um orquidário, plantou girassóis, gosta de manga e abobrinha recheada. Mas proíbe geladeira, remédios e rir mostrando os dentes. Homem mais procurado do mundo, Osama bin Laden já foi criança e também pai de família.
E que família. Com o objetivo de "dar muitos filhos ao islã", acumulou 20 rebentos em seis casamentos -um que acabou em divórcio e outro que foi anulado.
Apesar de não concordar com os métodos violentos do pai, seu quarto filho, Omar, tampouco concordava com o que era dito na imprensa. Decidiu contar ao mundo as alegrias e mazelas da família.
Em parceria com a mãe, Najwa -a primeira mulher de Osama e que lhe deu 11 filhos-, e com a ajuda da autora Jean Sasson, escreveu "Sob a Sombra do Terror" (BestSeller, 432 pág., R$ 35).
"Enquanto ele reza pela guerra, eu rezo pela paz", conta no livro Omar, que concedeu entrevista exclusiva à Folha por e-mail.
Omar deixou o Afeganistão em 2001, alertado de que "algo muito grande" estava por vir. Diz não saber o paradeiro do pai e como ainda não foi encontrado. "Ele está cercado por pessoas leais, que morreriam para protegê-lo", diz. "Eles o amam."
Casado pela segunda vez e pai de um filho, Omar acaba de se mudar para outro país no Oriente Médio -que não revela. O governo desse país, conta, impôs restrições a seu contato com a imprensa.
Omar diz levar uma vida normal. "Há muitos membros da família Bin Laden no mundo e sou geralmente tratado com respeito."
Ele começou parceria com uma empresa britânica, trabalhando com contratos de construção, elétrica e mecânica. Também gostaria de viajar pelo mundo "para ver diferentes culturas e conhecer pessoas".
Sobre o Brasil, diz: "Sei que é um país enorme, extremamente diversificado e muito bonito. Ouço que as pessoas são muito simpáticas e bonitas". E que "amaria visitar o país um dia."

Leia a íntegra
folha.com.br/mu840779


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