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"É hora de a maioria silenciosa acordar", afirma participante
DA ENVIADA A NASHVILLE
Para William Temple, não
basta participar da Convenção
Nacional do "Tea Party" -é
preciso fazê-lo a caráter. A cada
dia, Temple usa uma fantasia
diferente inspirada na Revolução Americana. Ontem, foi extremo demais até para os conservadores radicais, e ele diz
que teve que brigar para manter à mão seu mosquete original. Afinal, o direito de portar
armas é uma de suas bandeiras.
FOLHA - Por que o sr. está aqui?
WILLIAM TEMPLE - Sou vice-presidente do "Tea Party" de Brunswick (Geórgia) e vim unir nosso
grupo à Nação "Tea Party" [organizadora da convenção].
Queremos ajudar o país a focar
nos problemas reais, que são:
a) o corpo permanente de políticos em Washington, de ambos os partidos. Se alguém está
há dois mandatos no Senado ou
quatro na Câmara, é hora de dizer adeus;
b) queremos o fim das aposentadorias para políticos;
c) queremos cortar a extensão do governo federal em ao
menos 20%, só para começar;
d) e precisamos restaurar o
poder dos Estados, como previsto em nossa Constituição.
Ah, eu também gostaria de expulsar todos os advogados de
Washington.
FOLHA - O sr. acha que o movimento conseguirá tudo isso?
TEMPLE - Em novembro [nas
eleições legislativas] e em 2012
[próximas presidenciais] todos
saberão que estamos aqui para
ficar. É hora de a maioria silenciosa acordar. Há um ano, fui a
uma passeata em Atlanta e vi
todas aquelas pessoas de todas
as filiações que estavam revoltadas com o governo. Havia 20
mil pessoas. E pensei: quero fazer parte disso. A história da
América está do nosso lado, e é
por isso que os esquerdistas estão com raiva de nós.
FOLHA - O que o sr. acha do presidente Barack Obama?
TEMPLE - Ele é um radical, um
socialista. E não tenho dúvidas
disso, porque ele é advogado, e
aprendeu todas as regras para
os radicais. Ele está tentando
forçar tão rápido quanto possível essa agenda socialista. É
uma tirania leve, mas que pode
ficar pior, pois os americanos
nunca aceitarão a tirania. O
pior de tudo é o gasto excessivo
do governo. É hora de uma intervenção em Washington. Este movimento é uma revolução.
FOLHA - O caminho para o movimento é o voto?
TEMPLE - Bem, a Declaração de
Independência diz que é não
apenas o direito, mas a responsabilidade do povo de derrubar
um governo tirânico. Espero
que seja pelo voto. Mas há um
limite para o quanto o povo
americano pode ser provocado.
Eu ficaria com muito medo se o
governo se tornasse mais tirânico do que já é.
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