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Depois de anos de rivalidade, Bush dá apoio a McCain
Jim Watson/France Presse
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O presidente americano, George W. Bush, ensaia passos de dança para afungentar o frio de Washington enquanto espera a chegada de John McCain à Casa Branca
DA REDAÇÃO
Os anos de rivalidade não impediram o presidente dos EUA,
George W. Bush, de oferecer
com pompa ontem em Washington seu apoio ao colega republicano John McCain na disputa pela Casa Branca em
2008. "Quero que ele vença",
disse o presidente a jornalistas,
sem rodeios, após um almoço
privado com o senador.
Mas foi só após a definição de
McCain como candidato do
partido que o presidente deu
seu endosso. O senador foi consagrado depois de ultrapassar
os 1.191 delegados necessários
para a indicação com vitórias
em Ohio, Texas, Vermont e
Rhode Island anteontem e deve
ser confirmado em convenção
nacional em setembro.
A relativa demora possivelmente se deveu à percepção de
que o apoio de Bush pode atrapalhar o candidato republicano. Mais de 61% dos norte-americanos desaprovam a gestão do atual presidente, segundo média de pesquisas calculadas pelo site "Real Clear Politics" no final de fevereiro. E
Bush sabe disso: "Se McCain
preferir, posso dizer que me
oponho a ele", brincou ontem.
Mas a ironia tem fundo real.
McCain e Bush passaram anos
se confrontando politicamente. O senador foi desde o início
um crítico contumaz da estratégia do governo na Guerra do
Iraque (apesar de apoiar a
ação), além de se posicionar
contra Bush em temas como
pesquisas com células tronco
(que ele apóia e o presidente rejeita) e impostos (McCain votou contra os cortes propostos
pelo governo em 2001 e 2003).
Os dois ainda foram rivais nas
prévias republicanas de 2000.
Ainda assim, nas últimas semanas, Bush iniciou uma série
de elogios ao senador, visto como o único com chances de impedir a vitória democrata em
novembro. O presidente defendeu as credenciais conservadoras de McCain contra os que o
acusam de ter tendências esquerdistas no campo social, recebendo em troca recuos do senador em pontos de conflito.
Além da aproximação com a
ala conservadora do partido,
Bush também poderá ajudar
McCain dando impulso à arrecadação de fundos. A campanha do senador passou por dificuldades tão severas em 2007
que foi considerada morta e ele
teve de fazer empréstimos.
Com agências internacionais
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