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Premiê apela a católicos e evoca união entre gays
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro Silvio Berlusconi lançou ontem um apelo
aos católicos italianos para que
não votem nas eleições legislativas de domingo e segunda-feira
nos seus adversários da oposição
de centro-esquerda.
Em desvantagem de 3,5 a 5 pontos nas últimas pesquisas de divulgação autorizada, o premiê e
líder do bloco de centro-direita
afirmou que as esquerdas "têm
projetos que afetam a família, que
para nós é sagrada, porque fundamentada no casamento entre um
homem e uma mulher".
Ele mencionava um suposto
projeto -que o líder oposicionista Romano Prodi nega existir-
de união entre homossexuais, semelhante ao aprovado pelo governo socialista da Espanha, que é
um outro país tradicionalmente
católico.
Berlusconi esteve ontem no
centro de outro controvertido
episódio eleitoral. Anunciou pela
manhã ter aceito o "convite" para
comparecer a um programa de
entrevistas do Canal 5, que pertence ao grupo Mediaset, no qual
ele possui quase 40% das ações.
A lei eleitoral permite que candidatos sejam entrevistados apenas se também forem convidados
adversários seus. A Mediaset então enviou rápido convite a Romano Prodi, que se recusou a
comparecer a uma emissora que,
segundo levantamento do jornal
"Corriere della Sera", praticou
contra ele nítida discriminação.
Com a recusa de Prodi, o equivalente à Justiça Eleitoral cancelou a participação de Berlusconi,
que acusou a oposição de querer
"silenciá-lo". Em ato público do
qual participou no período da tarde, disse ainda que seus adversários se "opõem às liberdades".
Prodi afirmou que uma entrevista arquitetada por subordinados de Berlusconi "seria uma grave violação da lei eleitoral".
O premiê de início afirmara que
a lei seria respeitada, porque ele
convidaria "jornalistas de esquerda". O presidente da Mediaset,
Fedele Confalonieri, acusou a
oposição de praticar a censura.
Com agências internacionais
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