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Consulado dos EUA é atacado no Paquistão
Dupla explosão de carros-bomba, reivindicada pelo Taleban, deixa quatro mortos em Peshawar; outro atentado no país mata 45
Em Washington, Hillary Clinton diz que objetivo dos terroristas é enfraquecer o governo espalhando medo e discórdia entre a população
Faisal Mahmood/Reuters
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Agentes paquistaneses fazem segurança de local de atentado com carros-bomba contra consulado americano em Peshawar
DA REDAÇÃO
No ataque mais direto contra
missões diplomáticas dos EUA
no Paquistão nos últimos quatro anos, dois carros-bomba explodiram ontem em frente ao
consulado americano em Peshawar (norte), matando ao menos quatro pessoas.
O atentado ocorre após uma
redução da violência no país
desde o início do ano e ilustra a
resistência dos insurgentes
após ofensivas do Exército paquistanês e de forças americanas contra militantes.
No ataque, quatro homens
-vestidos com uniformes das
forças de segurança paquistanesas, segundo testemunhas-
usaram dois veículos para tentar furar o bloqueio existente
no edifício e detonar os explosivos no interior das instalações,
mas não conseguiram.
A primeira explosão ocorreu
em um posto de verificação localizado a cerca de 20 metros
da entrada do consulado.
O segundo carro foi parado
em uma outra barreira de segurança, a cerca de 15 metros da
entrada. "O motorista não tinha outra opção que não explodir o veículo ali mesmo", afirmou o chefe de polícia de Peshawar, Liaquat Ali Khan.
As vítimas da dupla explosão
são três seguranças paquistaneses e um civil. Os militantes
também morreram.
O porta-voz do Taleban no
Paquistão, Azam Tariq, assumiu a autoria do ataque. "Americanos são nossos inimigos. Fizemos o ataque contra o consulado e planejamos mais ataques
como esse", disse.
Em um comunicado, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que "o ataque é parte de uma onda de violência perpetrada por extremistas brutais que procuram
enfraquecer a democracia no
Paquistão e espalhar medo e
discórdia". "O povo paquistanês sofreu graves perdas, mas
se mantém firme diante da intimidação, e os EUA estão com
ele", completou.
O atentado contra a representação diplomática em Peshawar foi o segundo do dia no
Paquistão. Horas antes, um homem-bomba detonou os explosivos que carregava durante
uma cerimônia política no distrito do Baixo Dir, também no
norte do país, matando ao menos 45 pessoas.
Alvo
Missões diplomáticas americanas no Paquistão já foram
atacadas diversas vezes desde
que o país asiático virou aliado
dos EUA em sua campanha global contra o terrorismo, lançada após o 11 de Setembro.
O último ataque ocorrera em
Karachi em 2006, quando um
militante jogou um veículo carregado de explosivos contra o
carro de um diplomata americano, causando a morte dele e
de três outras pessoas.
Desde 2008, quando o Exército paquistanês lançou uma
ofensiva contra militantes no
vale do Swat -região que era
considerada fortaleza do Taleban e da Al Qaeda-, o número
de ataques em Peshawar aumentou drasticamente.
A cidade é vital para os interesses dos EUA, por ser próxima às áreas tribais fronteiriças
ao Afeganistão. Washington
acredita que insurgentes usam
a região para lançar ataques
contra o território afegão.
Com agências internacionais
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