São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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GUERRA DOS SEIS DIAS

Presidente palestino compara conflito interno à ocupação

DA REDAÇÃO

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, voltou a alertar para o risco de uma guerra civil entre as facções palestinas e comparou o conflito interno à ocupação israelense. "O que é igual ao perigo da ocupação, ou até pior, é o risco de lutas internas", disse, em discurso transmitido pela TV, numa referência aos confrontos que opõem o grupo islâmico Hamas ao seu partido, o secular Fatah.
Abbas lembrou o que chamou de a "grande derrota" dos árabes diante de Israel na Guerra dos Seis Dias, que teve início em 5 de junho de 1967. Ele afirmou que a conquista de um Estado ainda está ao alcance dos palestinos. Na guerra de 40 anos atrás, Israel conquistou a faixa de Gaza e a Cisjordânia. Apesar dos acordos de paz assinados nos anos 1990, boa parte da Cisjordânia continua sob controle israelense.
Nos territórios palestinos, a atmosfera ontem era sombria. "Nunca esperava que fôssemos chegar aos 40 anos de ocupação, é doloroso", afirmou Omar Jalad, um palestino de Ramallah. Já em Israel, o aniversário da guerra trouxe à tona as divisões da sociedade quanto às conseqüências do conflito: enquanto os pacifistas argumentam que o controle sobre os palestinos distorceu os valores de Israel e enfraqueceu sua posição internacional, muitos devotos acreditam que o retorno à terra bíblica seja um passo em direção à redenção.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Enucah), a infra-estrutura israelense civil e militar na Cisjordânia deixa 40% do território proibido para os palestinos. O restante, incluindo cidades como Nablus e Jericó, está dividido em pontos isolados. O deslocamento é restringido por 450 bloqueios nas estradas e 70 postos de controle. O Enucah, informa o "Financial Times", produziu um mapa detalhado da Cisjordânia. O processo de isolar a população civil em encraves foi acelerado desde a eclosão da última revolta palestina, em 2000.


Com agências internacionais


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