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GUERRA DOS SEIS DIAS
Presidente palestino compara conflito interno à ocupação
DA REDAÇÃO
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, voltou a alertar
para o risco de uma guerra civil entre as facções palestinas e comparou o conflito interno à ocupação israelense.
"O que é igual ao perigo da
ocupação, ou até pior, é o risco de lutas internas", disse,
em discurso transmitido pela TV, numa referência aos
confrontos que opõem o grupo islâmico Hamas ao seu
partido, o secular Fatah.
Abbas lembrou o que chamou de a "grande derrota"
dos árabes diante de Israel
na Guerra dos Seis Dias, que
teve início em 5 de junho de
1967. Ele afirmou que a conquista de um Estado ainda
está ao alcance dos palestinos. Na guerra de 40 anos
atrás, Israel conquistou a faixa de Gaza e a Cisjordânia.
Apesar dos acordos de paz
assinados nos anos 1990, boa
parte da Cisjordânia continua sob controle israelense.
Nos territórios palestinos,
a atmosfera ontem era sombria. "Nunca esperava que
fôssemos chegar aos 40 anos
de ocupação, é doloroso",
afirmou Omar Jalad, um palestino de Ramallah. Já em
Israel, o aniversário da guerra trouxe à tona as divisões
da sociedade quanto às conseqüências do conflito: enquanto os pacifistas argumentam que o controle sobre os palestinos distorceu
os valores de Israel e enfraqueceu sua posição internacional, muitos devotos acreditam que o retorno à terra
bíblica seja um passo em direção à redenção.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a
Coordenação de Assuntos
Humanitários (Enucah), a
infra-estrutura israelense civil e militar na Cisjordânia
deixa 40% do território proibido para os palestinos. O
restante, incluindo cidades
como Nablus e Jericó, está
dividido em pontos isolados.
O deslocamento é restringido por 450 bloqueios nas estradas e 70 postos de controle. O Enucah, informa o "Financial Times", produziu um
mapa detalhado da Cisjordânia. O processo de isolar a
população civil em encraves
foi acelerado desde a eclosão
da última revolta palestina,
em 2000.
Com agências internacionais
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