São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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Quito busca US$ 1,2 bilhão para não explorar bloco

DE CARACAS

Com o apoio de ONGs ambientalistas, o governo do Equador iniciou ontem uma corrida contra o tempo para evitar a exploração de uma grande reserva de petróleo no Parque Nacional Yasuní, na Amazônia, considerado reserva da biosfera pela Unesco. A Petrobras tem interesse na área.
A proposta é que, em um ano, seja arrecadado US$ 1,2 bilhão para a criação de um fundo que compensaria, a partir de 2013, o que não seria explorado no bloco ITT -a maior reserva de petróleo do país. Para não explorar o ITT, o governo equatoriano quer uma compensação anual de US$ 350 milhões, metade do que seria obtido com a exploração do campo.
"Nos primeiros 15 dias, vamos recolher assinaturas para fortalecer a proposta até que o Estado abra a conta para o pagamento para que o petróleo fique no subsolo", disse à Folha Esperanza Martínez, diretora da ONG Acción Ecológica, uma das envolvidas no projeto.
Os detalhes do projeto seriam anunciados ontem à noite por Correa e serão disponibilizados no site www.amazonia porlavida.org. A proposta não altera a exploração do bloco 31, da Petrobras, também em Yasuní. O governo equatoriano já assegurou que a licença ambiental, suspensa em 2005, sai em breve. (FABIANO MAISONNAVE)


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