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Quito busca US$ 1,2 bilhão para não explorar bloco
DE CARACAS
Com o apoio de ONGs ambientalistas, o governo do
Equador iniciou ontem uma
corrida contra o tempo para
evitar a exploração de uma
grande reserva de petróleo no
Parque Nacional Yasuní, na
Amazônia, considerado reserva
da biosfera pela Unesco. A Petrobras tem interesse na área.
A proposta é que, em um ano,
seja arrecadado US$ 1,2 bilhão
para a criação de um fundo que
compensaria, a partir de 2013, o
que não seria explorado no bloco ITT -a maior reserva de petróleo do país. Para não explorar o ITT, o governo equatoriano quer uma compensação
anual de US$ 350 milhões, metade do que seria obtido com a
exploração do campo.
"Nos primeiros 15 dias, vamos recolher assinaturas para
fortalecer a proposta até que o
Estado abra a conta para o pagamento para que o petróleo fique no subsolo", disse à Folha
Esperanza Martínez, diretora
da ONG Acción Ecológica, uma
das envolvidas no projeto.
Os detalhes do projeto seriam anunciados ontem à noite
por Correa e serão disponibilizados no site www.amazonia
porlavida.org. A proposta não
altera a exploração do bloco 31,
da Petrobras, também em Yasuní. O governo equatoriano já
assegurou que a licença ambiental, suspensa em 2005, sai
em breve.
(FABIANO MAISONNAVE)
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