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ZIMBÁBUE
Polícia detém diplomatas e fura pneus de seus carros
DA REDAÇÃO
A polícia do Zimbábue deteve vários diplomatas americanos e britânicos, que tinham acabado de visitar vítimas de violência política no
país. Em um bloqueio na cidade de Bindura, eles foram
ameaçados de serem queimados vivos, caso não acompanhassem os guardas a uma
delegacia, e tiveram os pneus
dos três carros em que viajavam furados.
O incidente, que foi duramente condenado pelos governos dos Estados Unidos e
Reino Unido, revela a crescente atmosfera de violência
no Zimbábue, às vésperas do
segundo turno das eleições
presidenciais, previsto para
o próximo dia 27. Na véspera,
a polícia zimbabuana já detivera por algumas horas o
candidato oposicionista à
Presidência, Morgan Tsvangirai, e alguns partidários.
Após ficarem cinco horas
presos, os diplomatas americanos e britânicos não identificados foram libertados.
Os EUA afirmaram que
discutirão o incidente em
reunião do Conselho de Segurança da ONU, enquanto o
ministério das Relações Exteriores do Reino Unido convocou o embaixador do Zimbábue para dar explicações.
O embaixador americano
no país africano, James
McGee, que não estava entre
os detidos, apontou o governo do ditador Robert Mugabe como responsável. "O governo está tentando intimidar diplomatas a não viajarem para o interior do país e
testemunharem os atos de
violência", afirmou. "O Zimbábue é um país sem lei, o governo não respeita nem as
leis internacionais."
Segundo a Convenção de
Viena de 1961, adotada pela
ONU, diplomatas possuem
imunidade penal e são fisicamente invioláveis.
Mugabe é acusado de perpetrar uma campanha de
violência e intimidação contra partidários da oposição.
Grupos de direitos humanos
afirmam que 65 pessoas foram mortas desde o primeiro
turno em 29 de março.
Com agências internacionais.
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