São Paulo, domingo, 06 de junho de 2010

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NA FAIXA

Droga da moda
Um analgésico indicado para pacientes em estado pós-operatório tornou-se a droga mais popular de Gaza. O Tramadol é vendido nas farmácias por cerca de R$ 18 sob prescrição, mas seu preço é até três vezes maior no mercado negro. "Acalma, e é justamente o que precisamos", diz um estudante.

Verão linha-dura
Sem locais de lazer, Gaza depende quase que exclusivamente da praia como fonte de diversão. O dia mais popular é sexta-feira, quando a orla é tomada por famílias após as orações. O salva-vidas serve também de polícia religiosa: do alto-falante, instrui mulheres a cobrir a cabeça, mesmo na água.

Armas de papel
O bloqueio israelense intriga os palestinos de Gaza, que não entendem o veto a certos produtos. As ordens oscilam, e o que era proibido ontem pode ser liberado amanhã. "Não posso importar pratos de plástico nem papel-alumínio", reclama Anuar Jerjawi, dono de um restaurante. "Será que pensam que vou fazer bombas de plástico e papel?"

Oscar Freire de Gaza
A rua Al Remal, no centro da Cidade de Gaza, concentra as lojas procuradas por palestinos que tentam ficar na moda. Mas, como quase todos os produtos são contrabandeados do Egito, o risco é alto. "Há duas semanas, perdi US$ 1.000 em mercadorias quando um túnel desabou", diz Maher, dono de uma loja de presentes.

Táxi animal
Com a escassez de combustível e novos veículos, as carroças com burros ou cavalos proliferam. Transportam carga e pessoas ao valor de R$ 0,50 por passageiro.


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