São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Crise pode atingir América Latina, diz FMI LUCIANA COELHO DE WASHINGTON A crise europeia pode ter efeito direto nos EUA e na América Latina, alertou ontem o FMI, com bancos de norte a sul do continente expostos a instituições financeiras em risco na Europa. "Os mercados americanos de títulos de curto prazo têm exposição mínima aos países da periferia europeia, mas estão consideravelmente expostos a instituições maiores [do continente]", diz relatório lançado ontem. Só os bancos da França, que podem ser contaminados pela crise da Grécia e de outros países menores, têm 12% desse mercado nos EUA. Um problema nas instituições francesas, avalia o FMI, teria impacto significativo. Os latino-americanos também sofreriam com o efeito dominó, por outra razão. Apesar de a exposição dos bancos do Brasil e de seus vizinhos à Europa ser modesta, eles recebem investimento europeu. Mas estes, com problemas maiores, tendem a tirar capital da região. "Haveria redução significativa de crédito de bancos estrangeiros", diz o relatório, estimando a queda em 1,5% do PIB no caso do Brasil. Outro risco citado é a queda de preços dos produtos básicos, que dominam as exportações na região. "A capacidade chinesa de continuar estimulando sua economia de exportação, com os EUA e a Europa tão frágeis, vai diminuir. Da mesma forma, diminuirá seu apetite por commodities", disse o diretor do Fundo para a região, Nicolás Eyzaguirre. De forma geral, porém, os prognósticos para a região são melhores do que para os países avançados, com crescimento de 4,5% esperado no ano (e de 3,8% no Brasil). O Fundo recomendou parcimônia e atenção à política monetária, que deve se equilibrar entre o risco de bolha e a necessidade de estimular o consumo. O corte de juros feito pelo Brasil, para 12%, foi considerado adequado. Texto Anterior: Gregos vão às ruas protestar contra cortes Próximo Texto: Análise/Conselho de Segurança da ONU: Recusa a condenar Síria expõe poder dos Brics Índice | Comunicar Erros

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