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TERROR
Iraque, Coréia do Norte, Rússia e França teriam amostras
Quatro países estocam vírus da varíola em segredo, dizem EUA
DA ASSOCIATED PRESS
Os serviços de inteligência americanos crêem que, além dos
EUA, quatro países -Iraque, Coréia do Norte, Rússia e França-
possuam estoques do vírus da varíola, afirmou ontem um funcionário do governo americano.
Acredita-se que a Al Qaeda tenha tentado adquirir amostras do
vírus para usar como arma, mas
autoridades dos EUA não acham
que a rede terrorista seja capaz de
realizar um ataque com o agente.
O governo dos EUA tem conhecimento desde o início dos anos
90 sobre armas biológicas feitas
com o vírus da varíola na era soviética e coletaram indícios sobre
programas em outros lugares.
Mas o jornal "The Washington
Post" afirmou ontem que relatórios mais detalhados com novas
informações têm circulado secretamente entre autoridades americanas recentemente. A informação foi confirmada pelo funcionário do governo dos EUA, que pediu para permanecer anônimo.
O governo americano teme que
o Iraque e a Coréia do Norte desenvolvam armas biológicas potentes com suas amostras, que crê
existir em pequena quantidade.
Oficialmente, só dois laboratórios altamente vigiados possuem
culturas do vírus: um em Atlanta
e outro em Koltsovo (Sibéria). Os
EUA temem que a Rússia tenha
um estoque muito maior do que
admite e que o baixo nível de segurança no país permita que outras nações obtenham amostras.
Acredita-se que a França use
suas amostras para fins defensivos, em pesquisas para achar
meios de limitar o número de
mortes caso haja um surto de varíola, afirmou o funcionário.
Temores de que a varíola, declarada erradicada em 1980, volte a
ser uma ameaça levaram o governo dos EUA a considerar vacinações em massa obrigatórias contra a doença. O governo teme, porém, que centenas de pessoas adquiram a doença pela vacinação.
Vacinações rotineiras contra a
varíola pararam de ocorrer nos
EUA em 1972, e especialistas
crêem que pessoas vacinadas há
30 anos ou mais tenham baixa
imunidade. No Brasil, a vacinação
contra a doença deixou de ser
obrigatória em 1980.
A forma mais grave de varíola
matava um terço de suas vítimas.
A doença pode ser transmitida de
pessoa a pessoa, diferentemente
de outras usadas como armas
biológicas, como o antraz.
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