São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2009

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Obama promete engajar-se após posse

Democrata diz que mantém compromisso de campanha de tentar resolver conflito no Oriente Médio

Presidente eleito lamenta "a perda de vidas civis em Gaza e Israel", mas reitera que, até o dia 20, quem fala pelos EUA é governo Bush

DA REDAÇÃO

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse ontem, após o bombardeio da escola da ONU em Gaza por forças israelenses, "que a perda de vidas civis em Gaza e Israel são fonte de profunda preocupação" para ele, mas reiterou que só atuará na resolução do conflito no Oriente Médio depois de sua posse, no próximo dia 20.
"Depois do dia 20 de janeiro, terei muito mais a dizer sobre a questão, e não estou recuando nem um pouco em relação ao que eu disse durante a campanha, que, começando no início do meu governo, nós vamos nos engajar efetivamente e consistentemente para tentar resolver o conflito no Oriente Médio. Esse é meu compromisso", disse Obama.
O democrata reiterou que, até a posse, continuará apenas monitorando a situação. Na véspera, ele dissera que não poderia haver duas vozes vindas dos EUA ao mesmo tempo em momentos de delicadas negociações diplomáticas. Antes, não havia se pronunciado desde o início da ofensiva israelense contra Gaza, há 12 dias, o que foi alvo de críticas dentro e fora dos Estados Unidos.
Mesmo rompendo o silêncio, Obama evitou manifestar sua posição a respeito do atual confronto -o governo Bush considera o Hamas o único responsável e vem dando apoio incondicional a Israel, inclusive ontem, quando conclamou que não se tomassem "conclusões precipitadas" sobre o ataque à escola da ONU.
Durante a campanha, Obama chegou a dizer que poderia negociar com o Hamas, desde que o grupo renunciasse à violência e reconhecesse Israel. A Casa Branca considera atualmente o grupo uma organização terrorista e vê a Autoridade Nacional Palestina, comandada pela facção rival Fatah, como única interlocutora legítima.
Mas o democrata também fez acenos a Israel, como ao dizer que Jerusalém deve ser a "capital indivisível" do país, e, após eleito, nomear Rahm Emanuel, defensor de Israel, para ser seu chefe-de-gabinete.


Com agências internacionais


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