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Obama promete engajar-se após posse
Democrata diz que mantém compromisso de campanha de tentar resolver conflito no Oriente Médio
Presidente eleito lamenta
"a perda de vidas civis em Gaza e Israel", mas reitera que, até o dia 20, quem fala pelos EUA é governo Bush
DA REDAÇÃO
O presidente eleito dos EUA,
Barack Obama, disse ontem,
após o bombardeio da escola da
ONU em Gaza por forças israelenses, "que a perda de vidas civis em Gaza e Israel são fonte
de profunda preocupação" para
ele, mas reiterou que só atuará
na resolução do conflito no
Oriente Médio depois de sua
posse, no próximo dia 20.
"Depois do dia 20 de janeiro,
terei muito mais a dizer sobre a
questão, e não estou recuando
nem um pouco em relação ao
que eu disse durante a campanha, que, começando no início
do meu governo, nós vamos nos
engajar efetivamente e consistentemente para tentar resolver o conflito no Oriente Médio. Esse é meu compromisso",
disse Obama.
O democrata reiterou que,
até a posse, continuará apenas
monitorando a situação. Na
véspera, ele dissera que não poderia haver duas vozes vindas
dos EUA ao mesmo tempo em
momentos de delicadas negociações diplomáticas. Antes,
não havia se pronunciado desde o início da ofensiva israelense contra Gaza, há 12 dias, o que
foi alvo de críticas dentro e fora
dos Estados Unidos.
Mesmo rompendo o silêncio,
Obama evitou manifestar sua
posição a respeito do atual confronto -o governo Bush considera o Hamas o único responsável e vem dando apoio incondicional a Israel, inclusive ontem, quando conclamou que
não se tomassem "conclusões
precipitadas" sobre o ataque à
escola da ONU.
Durante a campanha, Obama
chegou a dizer que poderia negociar com o Hamas, desde que
o grupo renunciasse à violência
e reconhecesse Israel. A Casa
Branca considera atualmente o
grupo uma organização terrorista e vê a Autoridade Nacional
Palestina, comandada pela facção rival Fatah, como única interlocutora legítima.
Mas o democrata também
fez acenos a Israel, como ao dizer que Jerusalém deve ser a
"capital indivisível" do país, e,
após eleito, nomear Rahm
Emanuel, defensor de Israel,
para ser seu chefe-de-gabinete.
Com agências internacionais
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