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OUTRO LADO
Autora queria obter visto, diz diplomata
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Consultada pela Folha a
respeito das acusações de
que o governo sudanês seria
conivente com o seqüestro e
a escravização de milhares
de pessoas no país, a Embaixada do Sudão em Londres
disse considerar o caso encerrado e recusou-se a fazer
comentários.
A responsável pela área de
comunicação, que se identificou apenas como Sheila,
disse que, se o caso chegar à
Justiça, o governo sudanês
agirá para provar que "as
acusações são mentirosas".
O ex-diplomata Abdel al
Koronky, para quem Mende
Nazer diz ter trabalhado como escrava durante quatro
meses em Londres, não está
mais na capital britânica e
deixou o serviço diplomático sudanês.
Quando o caso de Nazer se
tornou público, em 2002,
com a campanha a favor da
concessão de asilo para ela,
Koronky alegou, em carta
publicada pelo jornal "The
Sunday Telegraph", que ela
foi a Londres para trabalhar
como babá em sua casa e
que ganharia um salário
mensal de 200 libras (cerca
de R$ 1.100). A acusação visaria facilitar o pedido de
asilo no Reino Unido.
Koronky afirmou ainda
que a acusação era parte de
uma campanha de difamação contra o Sudão. "Não há
dúvidas, no meu entender,
de que meu país era o alvo final das acusações", escreveu
Koronky.
(RW)
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