São Paulo, domingo, 07 de março de 2004

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OUTRO LADO

Autora queria obter visto, diz diplomata

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Consultada pela Folha a respeito das acusações de que o governo sudanês seria conivente com o seqüestro e a escravização de milhares de pessoas no país, a Embaixada do Sudão em Londres disse considerar o caso encerrado e recusou-se a fazer comentários.
A responsável pela área de comunicação, que se identificou apenas como Sheila, disse que, se o caso chegar à Justiça, o governo sudanês agirá para provar que "as acusações são mentirosas".
O ex-diplomata Abdel al Koronky, para quem Mende Nazer diz ter trabalhado como escrava durante quatro meses em Londres, não está mais na capital britânica e deixou o serviço diplomático sudanês.
Quando o caso de Nazer se tornou público, em 2002, com a campanha a favor da concessão de asilo para ela, Koronky alegou, em carta publicada pelo jornal "The Sunday Telegraph", que ela foi a Londres para trabalhar como babá em sua casa e que ganharia um salário mensal de 200 libras (cerca de R$ 1.100). A acusação visaria facilitar o pedido de asilo no Reino Unido.
Koronky afirmou ainda que a acusação era parte de uma campanha de difamação contra o Sudão. "Não há dúvidas, no meu entender, de que meu país era o alvo final das acusações", escreveu Koronky. (RW)


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