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Avança acordo
no Iraque para
formar governo
DA REDAÇÃO
Políticos iraquianos estabeleceram o dia 16 de março
como o do início da legislatura do primeiro Parlamento democraticamente eleito
da história moderna do país.
Também parece estar se
consolidando um acordo
que levaria à formação do
novo governo do país.
É cada vez mais provável
que o curdo Jalal Talabani fique com a Presidência do
país, cargo eminentemente
cerimonial, e que o poderoso posto de primeiro-ministro vá para Ibrahim al Jaafari, xiita conservador e chefe
do partido islâmico Dawa.
O acordo em princípio foi
obtido depois que os curdos
concordaram com a indicação de Jaafari e que ela foi
chancelada pelo principal
clérigo xiita do país, o grão-aiatolá Ali al Sistani.
"Essa era uma de nossas
principais exigências. O
acordo estabelece que Jalal
Talabani fique com a Presidência e que um dos membros da Aliança Iraquiana
Unida fique com o cargo de
primeiro-ministro", afirmou Azad Jundiyan, porta-voz de Talabani.
Al Jaafari e a aliança concordaram em pôr Talabani
na Presidência num encontro no último dia 3. Havia
muito que os curdos reivindicavam o cargo para Talabani, líder da União Patriótica do Curdistão.
A aliança, que tem 140 cadeiras na Assembléia Nacional, precisa dos 75 escaninhos obtidos pela coalizão
curda para chegar aos 2/3
necessários para formar um
novo governo.
O premiê interino, Iyad
Allawi, que controla 40 cadeiras na Assembléia, também vinha negociando para
tentar manter seu emprego.
O mais provável agora é
que o cargo de presidente da
Assembléia vá para um árabe sunita, o presidente interino, Ghazi al Yawer, ou o
ministro interino da Indústria, Hajim al Hassani. A
concessão desse posto a um
sunita visa a contentar representantes dessa minoria
étnica, que, como os curdos,
representa de 15% a 20% da
população. São os sunitas
que constituem o núcleo da
resistência aos EUA.
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