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Comboio russo é atingido ao tentar sair de Bagdá
DA REDAÇÃO
O comboio no qual o embaixador russo no Iraque, Vladimir Titorenko, tentava abandonar Bagdá foi alvejado ontem.
"A caravana de automóveis
com membros da Embaixada russa no Iraque, incluindo o embaixador, foi atacada quando saía de
Bagdá e se dirigia para a fronteira
com a Síria", disse Alexandre Iakovenko, porta-voz do ministério
de Relações Exteriores da Rússia.
A caravana era composta por 23
pessoas, entre elas oito jornalistas.
Segundo Iakovenko, há "pelo menos quatro feridos". Não se sabe
se o embaixador foi atingido.
O comboio passará a noite em
Falluja (50 km a oeste de Bagdá),
onde os feridos foram atendidos,
e deve retomar a viagem hoje.
As autoridades russas não sabem se o ataque foi feito por forças iraquianas ou anglo-americanas. O ministério de Relações Exteriores da Rússia convocou urgentemente os embaixadores Alexander Vershbow, dos EUA, e
Abbas Jalaf, do Iraque.
O governo russo "pediu, nos
termos mais firmes, que se tomem todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos
cidadãos russos, que se esclareça
esse incidente e que se puna os
responsáveis", disse Iakovenko.
O Comando Central dos EUA
no Qatar afirmou que, segundo
investigação inicial, o incidente
ocorreu numa área controlada
pelos iraquianos, onde não havia
forças da coalizão.
Alexander Minakov, que é correspondente da emissora de TV
estatal russa Rossiya e estava no
comboio, disse que a caravana foi
surpreendida por um "terrível,
violento tiroteio" nas proximidades de Bagdá.
De acordo com Minakov, após a
troca de tiros, a caravana ficou parada por aproximadamente uma
hora. "Surgiu então um grande
comboio de veículos blindados
americanos", disse ele. "Eles passaram a 50, 70 metros de nós. Saímos dos carros e começamos a
agitar roupas brancas para atrair
atenção, mas mas ninguém parou", disse ele, que, com os outros
jornalistas, abandonou a comitiva
diplomática e foi para a fronteira
do Iraque com a Jordânia.
O incidente aconteceu horas antes de Condoleezza Rice, assessora de Segurança Nacional dos
EUA, chegar a Moscou. Ela deve
se reunir com vários líderes russos em uma tentativa de melhorar
a cooperação entre os dois países.
O governo russo tem manifestado
forte oposição à guerra no Iraque.
Com agências internacionais
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