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TERROR
Plano visaria matar civis num local fechado, provavelmente em Londres
Agentes evitam ataque químico a britânicos, diz BBC
DA REDAÇÃO
Em operações ocorridas no Reino Unido e nos EUA, agentes secretos impediram a realização de
um atentado com uma bomba
química a um alvo no Reino Unido, segundo informação divulgada ontem pela rede britânica BBC.
O plano terrorista previa a detonação de uma combinação de explosivos com um produto químico chamado tetróxido de ósmio,
ainda de acordo com a BBC. Especialistas afirmaram à rede de mídia britânica que, em estado gasoso, a combinação poderia ser letal
num lugar fechado.
Os autores do plano são simpatizantes dos objetivos da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin
Laden, e tinham a intenção de cometer um atentado contra civis
britânicos, provavelmente em
Londres, segundo disseram autoridades à BBC.
O produto químico é usado em
pesquisas científicas legalmente,
porém é gravemente nocivo aos
olhos, aos pulmões e à pele dos seres humanos.
O plano foi descoberto depois
que agentes secretos americanos e
britânicos interceptaram conversas entre seus autores. Autoridades britânicas não crêem que o
grupo tenha conseguido comprar
o produto químico.
O objetivo dos supostos terroristas seria explodir uma bomba
química num local de grande circulação de pessoas, provavelmente num imóvel fechado. O Reino
Unido está em estado de alerta
desde os atentados ocorridos em
Madri, em 11 de março passado,
que mataram 191 pessoas.
Recentemente, o chefe da Polícia Metropolitana de Londres,
John Stevens, disse que um ataque a algum alvo na capital seria
inevitável. Mas o ministro do Interior, David Blunkett, tem tentado minimizar a ameaça.
De acordo com o professor de
toxicologia Alastair Hay, da Universidade de Leeds, o tetróxido de
ósmio não tem o perfil de um produto usado normalmente para
produzir armas químicas ou
bombas sujas.
Restante da Europa
A maioria dos países europeus
tomou medidas especiais de segurança para proteger sua população e turistas estrangeiros durante a Páscoa.
A Itália, que -como o Reino
Unido, a Espanha e a Polônia-
apoiou a invasão do Iraque pela
coalizão liderada pelos EUA, teme
ser alvo de uma ação terrorista
durante a Semana Santa, quando
milhares de turistas italianos e estrangeiros visitam o Vaticano.
Autoridades italianas reforçaram o aparato de segurança nos
aeroportos, nas estações ferroviárias, nos portos, nos monumentos, nas igrejas e nos hotéis de Roma. Segundo o Ministério do Interior, 12 mil agentes de segurança, policiais e agentes especiais
participam da operação, que tem
como objetivo proteger 8.000 alvos potenciais.
Na Espanha, o Exército foi destacado para proteger usinas nucleares e a rede ferroviária. A polícia ficou responsável pelo patrulhamento do metrô de Madri.
Um promotor espanhol pediu
ontem que novos mandados de
prisão fossem expedidos, pois alguns suspeitos de participação
nos atentados de 11 de março passado ainda estão foragidos. Por
enquanto, ao menos 20 suspeitos
foram detidos.
Com agências internacionais
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