São Paulo, terça-feira, 07 de abril de 2009

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EUA exortam Turquia e Armênia a porem um fim a hostilidades

DA REDAÇÃO

Após discursar ao Parlamento turco na capital do país, Ancara, o presidente dos EUA, Barack Obama, viajou no início da noite de ontem para Istambul, onde se encontrou com os ministros das Relações Exteriores da Turquia e da Armênia, instando ambos os países a chegarem rapidamente a uma solução para restabelecer laços entre os dois países, após quase um século de hostilidades.
Negociações entre os dois governos já estavam em andamento, e preveem a reabertura da fronteira, fechada desde 1993. A Armênia sempre acusou o Império Otomano de planejar e realizar a deportação e o genocídio de 1,5 milhão de armênios cristãos, que buscavam um país independente, em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial.
Os governos turcos têm dito que não houve ataques contra uma população desarmada, mas contra rebeldes armênios que se aliaram aos inimigos do Império Otomano durante a guerra, o que justificaria também as deportações.
As mortes também não ultrapassariam 600 mil pessoas, segundo os turcos.
Questionado por repórteres ontem, Obama reafirmou declarações suas sobre o episódio feitas durante a campanha eleitoral americana, no ano passado. Ele evitou usar ontem, no entanto, a palavra "genocídio", que constava das críticas que fez aos otomanos em 2008.
Em seu discurso ao Parlamento turco, o norte-americano chamou os assassinatos de 1915 de "terríveis eventos". Ele comparou ainda EUA e Turquia, afirmando que também o seu país tem dificuldade de superar um passado em que erros foram cometidos.


Com agências internacionais


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