São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2010

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Série de explosões deixa ao menos 50 mortos em Bagdá

Ação terrorista é a terceira de grande proporção no Iraque em quatro dias; vítimas desde o fim de semana chegam a 120

Governo atribui atentados a braço da Al Qaeda no país, em meio a um vácuo político pós-pleito de março; premiê e opositor trocam acusações


DA REDAÇÃO

Uma série de sete explosões em apartamentos residenciais e num mercado deixou ontem ao menos 50 mortos e 180 feridos em Bagdá, na terceira grande ação terrorista no Iraque nos últimos quatro dias.
Os ataques, que elevam para cerca de 120 as vítimas de atentados desde o sábado, são atribuídos pelo governo iraquiano ao braço da Al Qaeda no país e reforçam o temor de que o grupo esteja se aproveitando da indefinição na formação do novo governo -após a eleição do dia 7 de março- para provocar outro ciclo de violência sectária.
Segundo um porta-voz das Forças Armadas iraquianas, as explosões foram causadas por bombas de fabricação caseira acionadas num mercado e em apartamentos não habitados em várias regiões da capital.
No último domingo, ataques coordenados contra três embaixadas em Bagdá já haviam deixado ao menos 42 mortos e 220 feridos. E, no sábado, homens disfarçados de militares haviam invadido vilarejo ao sul e matado 24 pessoas. Outros atentados menores foram registrados no fim de semana.
As ações terroristas provocaram ainda troca de acusações entre o premiê iraquiano, Nuri al Maliki -cuja coalizão foi derrotada no pleito do mês passado por apenas dois assentos-, e o ex-premiê Iyad Allawi, pretendente à sucessão do rival.
"Eles têm dito que "nós estamos prontos". Mas onde está a prontidão? Nada está pronto", afirmou Allawi, atribuindo responsabilidade ao premiê, cuja campanha foi centrada na queda vertiginosa da violência no país desde 2007 -quando houve pico de mortes e violência.
Maliki disse que os terroristas querem levar caos ao país e exortou os partidos políticos rivais a se unirem para apoiar as forças de segurança. "Não é hora de fazer acusações", disse o premiê, em referência a Allawi.

Com agências internacionais



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