São Paulo, sábado, 07 de maio de 2011

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Acervo Folha narra ataques de Bin Laden

90 anos
Manchetes do jornal desde 1998 relatam ascensão e queda do terrorista morto pelos EUA no domingo passado

Edição pós-11/9 dedicou 34 páginas ao atentado em NY; arquivo permite acompanhar eclosão do radicalismo islâmico

DE SÃO PAULO

As manchetes da Folha desde a década de 90 permitem acompanhar a trajetória do saudita Osama bin Laden de sua aparição como mais notório nome do terrorismo árabe/islâmico até sua morte, no domingo passado, por forças dos EUA no Paquistão.
Todos os atentados atribuídos a Bin Laden e sua rede, a Al Qaeda, estão documentados no Acervo Folha (acervo.folha.com.br), site que oferece o arquivo digitalizado do jornal na íntegra.
O acervo, porém, vai mais longe no tempo e mostra como o jornal acompanhou as manifestações de grupos radicais islâmicos.
A capa da edição de 21/11/1979, por exemplo, destaca o texto "Xiitas tentam ocupar Meca", que relata a tomada da Grande Mesquita por dissidentes islâmicos -o conflito entre eles e as forças sauditas resultou em 244 mortes.
Em 7/10/1981, a manchete do jornal foi o assassinato do presidente egípcio, Anwar Sadat. O crime foi cometido por membros do que viria a ser a Jihad Islâmica -de onde saiu Ayman al Zawahiri, atual número 2 da Al Qaeda.
Paulo Francis, colunista da Folha, escreveu que a morte de Sadat era "claramente um golpe militar em andamento", o que não se confirmou; com apoio do Exército, o vice de Sadat, Hosni Mubarak, governaria até ser derrubado em 2011.
Em 24/10/1983, a manchete "Chacinada força de paz" descrevia o ataque a militares dos EUA e da França em Beirute, na guerra civil libanesa, que deixou 299 mortos.
Foi um dos primeiros atentados atribuídos ao grupo radical xiita Hizbollah, que havia sido formado logo após a invasão do Líbano por tropas israelenses, em 1982.

AL QAEDA EMERGE
Estruturada ao longo dos anos 90, a rede de Bin Laden cometeu seu primeiro atentado de ampla repercussão em 1998: a explosão de carros-bomba nas embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, manchete da edição de 8/8. Saldo: 237 mortos.
No dia 12 de setembro de 2001, a Folha circulou com capa e mais 34 páginas descrevendo o que sua manchete classificou como "maior ataque da história": a destruição, por aviões de carreira, das torres do World Trade Center, em Nova York, que deixou quase 3.000 mortos.
Em meio a relatos do ataque simultâneo ao Pentágono, depoimentos de testemunhas e análises, a edição dedicou duas páginas a Bin Laden, apontado no próprio dia como o principal suspeito.
A biografia do terrorista incluiria ainda três ataques de ampla repercussão atribuídos à Al Qaeda ou a grupos ligados à rede. Em 13/10/2002, a Folha relatou o atentado a uma casa noturna em Bali (Indonésia), com 202 mortos.
Em 12/3/2004, a manchete foi a explosão de trens em Madri que, a três dias da eleição na Espanha, matou 191; em 8/7/2005, foi o ataque a Londres, com 52 mortos.


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