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No Dia D, Obama repreende Coreia do Norte
Americano diz que teste nuclear de Pyongyang foi atitude "extraordinariamente provocadora", que "testa limites da diplomacia"
Declarações foram feitas
em meio às comemorações do 65º aniversário do desembarque dos aliados anti-nazistas na Normandia
Philippe Wojazer - Exército francês/Reuters
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O americano Obama, o príncipe Charles, o britânico Brown, o canadense Harper e o francês Sarkozy durante ato na Normandia
DA REDAÇÃO
No tom mais duro usado até
agora em relação à Coreia do
Norte, o presidente americano,
Barack Obama, acusou ontem o
regime de Pyongyang de ter
agido de forma "extraordinariamente provocadora" ao realizar testes nucleares. Obama
disse que o governo norte-coreano está testando os limites
da diplomacia.
As declarações foram feitas
na França, onde participou, ao
lado de vários governantes, da
comemoração do 65º aniversário do desembarque aliado na
Normandia -o chamado Dia D,
divisor de águas na segunda
Guerra Mundial (1939-1945).
"Ninguém deve acreditar que
nós apenas seguiremos no caminho no qual a Coreia do Norte está constantemente desestabilizando a região", advertiu
Obama. O presidente exigiu
que Pyongyang suspenda seu
programa nuclear.
A retórica de Obama, que
destoa do tom que vem prevalecendo na estratégia de estender a mão a inimigos da Casa
Branca, evidencia a preocupação com as recentes manobras
militares norte-coreanas.
Pyongyang realizou no mês
passado um teste com ogiva nuclear e mísseis capazes de atingir o Japão e a Coreia do Sul.
Os testes, que violam resolução do Conselho de Segurança
da ONU, têm potência estimada em cinco vezes à da explosão
de 2006 e provocaram reprovação internacional unânime.
Pyongyang revidou invalidando armistício de 1953 com Seul.
Outro alerta foi feito ao Irã.
Obama defendeu uma "diplomacia firme" para impedir que
Teerã tenha um arsenal atômico -o governo iraniano nega
que seu programa nuclear vise
a fabricação da bomba.
O presidente americano
também dirigiu cobranças aos
principais envolvidos no conflito no Oriente Médio: os israelenses devem aceitar um Estado palestino e pôr aos assentamentos na Cisjordânia, e os
palestinos precisam fortalecer
suas instituições de governo e
renunciar à violência.
Em meio às comemorações
do Dia D, Obama destacou os
laços entre os EUA e a Europa.
"Este dia marca não apenas o
triunfo da liberdade, mas também marca como a aliança
transatlântica permitiu segurança e prosperidade extraordinárias dos dois lados do
Atlântico".
Cerca de 215 mil soldados
aliados foram mortos ou feridos durante o Dia D e nos três
meses que os aliados levaram
para garantir a tomada da Normandia, uma batalha que ajudou a libertar a França do domínio nazista.
Obama afirmou que as
"ações de poucos mudaram o
curso de um século inteiro" e
pediu que não sejam esquecidas as lições da história.
Com agências internacionais
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