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Pequim convoca "batalha" contra a poluição para forçar obediência a leis
DA REDAÇÃO
O chefe da Agência Estatal de
Proteção ao Ambiente, Zhou
Shengxian, conclamou os chineses a começar uma "batalha"
contra os poluidores. Em uma
reunião sobre ambiente, na
quarta, Zhou disse que a insatisfação dos cidadãos com o tema já provoca aumento de "distúrbios de massa", designação
oficial para protestos.
Segundo o funcionário, citado pela agência estatal Xinhua,
de janeiro a maio o órgão recebeu 1.814 petições apelando por
melhores condições ambientais (8% a mais que em 2006).
O discurso acontece quando
a poluição da água virou o tema
do momento na China -que
também está sendo pressionada pelos países ricos, nas negociações internacionais sobre
mudanças climáticas, a reduzir
seu nível de emissão de gás carbônico, o maior do mundo.
Nesta semana, autoridades
da Província de Jiangsu, no leste do país, cortaram o fornecimento de água a 200 mil pessoas por 40 horas por conta dos
níveis de amônia num rio local.
O governo admite que 26%
da água nos sete maiores sistemas fluviais da China não podem abrigar vida animal. Segundo o Banco Mundial, 500
mil chineses morrem por ano
por causa da poluição.
Neste mês o premiê Wen Jiabao ordenou que autoridades
locais "proíbam fábricas de atirar poluentes nos lagos" -o governo diz que é preciso mudar o
modelo de desenvolvimento.
Mas os líderes de Pequim já
emitiram ordens semelhantes
outras vezes, e a agência ambiental deixou claro que elas
não estão funcionando -um
motivo é seu limitado poder
junto às autoridades locais.
O órgão, que divulgará relatórios regulares, espera que o
público -que impediu a construção de uma fábrica petroquímica enviando milhares de
mensagens de celular- compense sua falta de influência.
Com "Financial Times" e agências internacionais
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