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"Calor é mais
desesperador
que no Brasil"
DA REDAÇÃO
Ao som de música caribenha e
sob um calor de 39C, o jornalista
Thiago Stivaletti, 24, e a estudante
de cinema Kenya Zanatta, 25, assistiam ao pôr-do-sol às 20h30 de
ontem em plena praia lotada. Mas
o que pode parecer uma cena típica do Brasil se passou em Paris,
onde ambos estudam.
"Parece que a cidade inteira
vem para cá beber, fazer piquenique, ouvir música ou ver o pôr-do-sol", disse o jornalista, falando
por telefone da Paris-Plage
-projeto da Prefeitura de Paris
que, pelo segundo ano consecutivo, levou areia e palmeiras para
criar uma praia à beira do rio Sena, que corta o centro da cidade.
Sob algumas pontes, foram
montados pequenos palcos para
concertos e shows -em um deles
tocava, audível pelo telefone, uma
banda de ritmos caribenhos.
Como não dá para mergulhar
no rio, a comparação mais próxima no Brasil é com os calçadões
praianos. "Só que aqui, sem a brisa do mar, o calor é muito mais
desesperador que no Brasil", disse
Stivaletti, criado em Santos.
Um dos maiores atrativos da
França, a gastronomia, também
não pode ser devidamente apreciado. "Com o calor, parece que,
principalmente na hora do almoço, a comida não desce", reclamou. "Não dá nem para dormir
direito, principalmente se você
não tem nem um ventilador."
"Agora eu entendi por que,
aqui, todo mundo tira férias em
agosto e os negócios fecham mais
cedo. O calor sobe na cabeça e não
dá para trabalhar."
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