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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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Paris registra 39,5ºC; mortes chegam a 42

DO "INDEPENDENT", EM PARIS

Uma das poucas filas nas ruas de Paris desertas pelo calor ontem era para uma passarela coberta de 30 metros que espirra água sobre as pessoas resistentes o suficiente para irem até o local, parte do Festival de Verão da cidade.
O calor na capital francesa chegou aos 39,5C, próximo do recorde de 40,4C ocorrido em 1947. O verão em Paris é o mais quente desde 1949. Temperaturas nesse nível foram registradas em outras cidades como Rennes e Auxerre, com marcas entre 37,8 e 41C.
O saldo de mortos por causa dos incêndios e do calor na Europa chegou ontem a 42. Só Portugal, em razão do fogo, e a Espanha, por causa das altas temperaturas, já registraram 28 vítimas fatais (14 em cada). Numa floresta portuguesa, foram descobertos mais dois corpos. No sul da Espanha, duas pessoas morreram de ataque cardíaco por causa do calor.
A extensão da área florestal destruída em Portugal chegou a 100 mil hectares. O governo do país já pediu aviões e helicópteros para a OTAN (aliança militar ocidental) e dinheiro para a União Européia.
Os bombeiros portugueses estão exaustos depois de vários dias de combate aos incêndios, os piores nos últimos 20 anos. "Eles estão cercados pelo fogo", afirmou um porta-voz da corporação.
No Reino Unido, dois garotos de 17 anos morreram em incidentes separados quando tentavam se refrescar. A Croácia também divulgou duas mortes relacionadas ao calor. A Alemanha e a França já haviam registrado, cada uma, cinco vítimas fatais. No caso francês, por causa dos incêndios na Riviera e na Córsega. No alemão, pelas altas temperaturas.
Todo mundo que pôde ficou ontem em lugares fechados na capital francesa, sob a proteção do ar-condicionado, fugindo dos tradicionais cafés ao ar livre.
Trabalhadores de fábricas do país também têm se virado para suportar o calor. Na linha de montagem da Peugeot, em Souchaux, os funcionários ganharam um intervalo extra.
Na Alemanha, foram adotados horários flexíveis que serão compensados em épocas menos quentes. Em algumas empresas, funcionários foram autorizados a trabalhar de camisa curta. Na Itália, servidores fizeram greve até a instalação de ar-condicionado.


Com agências internacionais

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