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Defesa diz que sentença trata só de adultério
GABRIELA MANZINI
DE SÃO PAULO
O argumento das autoridades iranianas de que Sakineh foi condenada não só
por adultério mas também
por participação no assassinato do marido é falso.
A acusação é da ativista
iraniana Mina Ahadi, que
vive em exílio na Alemanha
e preside o Comitê Internacional contra Apedrejamento, líder da campanha pela
libertação de Sakineh.
"O apedrejamento é pelo
sexo extraconjugal. E achamos isso desumano, bárbaro", disse. Para Ahadi, a iraniana "pode ir para o exílio
porque corre perigo no Irã".
Documentos da Justiça
iraniana atestam a absolvição de Sakineh do assassinato, segundo Ahadi. O marido de Sakineh foi dopado
e eletrocutado à morte.
Sakineh já recebeu 99
chibatadas por manter "relacionamento ilícito" com
os dois acusados do crime.
O advogado de Sakineh,
Mohammad Mostafaei, que
fugiu do Irã para a Turquia
após receber ameaças das
autoridades do país, diz que
não há provas do adultério.
"Sakineh não cometeu crime. Outra pessoa o fez."
Mostafaei, preso ao entrar na Turquia ilegalmente, foi solto ontem e levado a
um imóvel, sob a guarda da
UE. Ele deverá embarcar
ainda hoje rumo à Noruega.
Colaborou JULIANA VAZ
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