São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2010

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Defesa diz que sentença trata só de adultério

GABRIELA MANZINI
DE SÃO PAULO

O argumento das autoridades iranianas de que Sakineh foi condenada não só por adultério mas também por participação no assassinato do marido é falso.
A acusação é da ativista iraniana Mina Ahadi, que vive em exílio na Alemanha e preside o Comitê Internacional contra Apedrejamento, líder da campanha pela libertação de Sakineh.
"O apedrejamento é pelo sexo extraconjugal. E achamos isso desumano, bárbaro", disse. Para Ahadi, a iraniana "pode ir para o exílio porque corre perigo no Irã".
Documentos da Justiça iraniana atestam a absolvição de Sakineh do assassinato, segundo Ahadi. O marido de Sakineh foi dopado e eletrocutado à morte. Sakineh já recebeu 99 chibatadas por manter "relacionamento ilícito" com os dois acusados do crime.
O advogado de Sakineh, Mohammad Mostafaei, que fugiu do Irã para a Turquia após receber ameaças das autoridades do país, diz que não há provas do adultério.
"Sakineh não cometeu crime. Outra pessoa o fez." Mostafaei, preso ao entrar na Turquia ilegalmente, foi solto ontem e levado a um imóvel, sob a guarda da UE. Ele deverá embarcar ainda hoje rumo à Noruega.

Colaborou JULIANA VAZ



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