São Paulo, quinta-feira, 07 de dezembro de 2006

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EUA impõem sanções contra loja paraguaia

JEANNINE AVERSA
DA ASSOCIATED PRESS

O governo americano impôs ontem um embargo contra um shopping center e uma loja de eletrônicos paraguaios e sobre nove pessoas que vivem na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, as instituições e o grupo são parte de um dos principais canais de financiamento da milícia xiita libanesa Hizbollah.
Sob o embargo, cidadãos americanos ficam proibidos de fazer negócios com a galeria Pajé e a Casa Hamze. Além disso, contas bancárias e outros ativos financeiros nos EUA que pertençam aos nove envolvidos serão congelados.
O Tesouro alega que essas pessoas enviaram ajuda financeira e logística para o Hizbollah. Os EUA consideram o grupo uma organização terrorista e o culpam por ter detonado a recente guerra contra Israel que durou 34 dias e deixou centenas de mortos, a maioria no Líbano.

Financiador
Especificamente, o departamento alega que o grupo deu suporte financeiro a Assad Ahmad Barakat, que há anos teve seus ativos congelados pelo Tesouro dos EUA por ser considerado um financiador do Hizbollah.
"A rede de Assad Ahmad Barakat na Tríplice Fronteira é uma das principais artérias financeiras para o Hizbollah no Líbano", declarou Adam Szubin, diretor do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro.
Sem maiores detalhes, o Departamento de Estado americano já descreveu a região, onde vivem muitos libaneses, como "um ponto focal para o extremismo islâmico na América Latina".
Os EUA também alegam que Muhammad Yusif Abdallah, dono da Galeria Pajé, é um alto líder do Hizbollah na região e uma importante fonte financeira do grupo.
O departamento diz ainda que Abdallah estaria envolvido em contrabando de eletrônicos, falsificação de passaportes, fraudes com cartão de crédito e tráfico de notas falsas de dólares.
Hamzi Ahmad Barakat também foi citado na ação. O governo dos EUA alega que ele é um membro do Hizbollah e que serve como fonte de financiamento ao terrorismo por meio de sua loja de eletrônicos, a casa Hamze. Ele também é suspeito de traficar drogas, armas, explosivos e e dólares falsos, disse o governo americano.
Hatim Ahmad Barakat, que viajou ao Chile para recolher dinheiro para o Hizbollah também foi citado.


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