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SUCESSÃO NOS EUA / EMERGÊNCIA ECONÔMICA
Eleito promete obras para criar empregos
Foco será o maior programa de infra-estrutura desde os anos 50, anuncia Barack Obama em programa semanal de rádio
EUA perderam 533 mil postos de trabalho em novembro, pior resultado em 34 anos; país tem 10,3 milhões de desempregados
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
Em seu programa semanal
de rádio, ontem pela manhã, o
presidente eleito Barack Obama avança em detalhes do plano de estímulo econômico que
pretende assinar como primeiro ato de seu governo, no dia 20
de janeiro. O foco principal será
a criação de empregos via investimento em obras públicas.
"Nós precisamos de ação -e
ação agora", disse Obama, no
programa. "Por isso eu pedi à
minha equipe econômica que
desenvolva um plano de recuperação econômica que sirva
tanto a Wall Street [os mercados] quando a Main Street [rua
principal, alusão à economia
real] e que ajude a criar ou
manter pelo menos 2,5 milhões
de empregos, enquanto reconstruímos nossa infra-estrutura,
melhoramos nossas escolas, reduzimos nossa dependência do
petróleo e economizamos bilhões de dólares."
O número de vagas prometidas não é novo, mas é a primeira vez que ele fala de onde elas
virão. Da série de itens citados,
o mais importante é o investimento em infra-estrutura. Está
previsto o maior investimento
único em obras públicas no país
desde que o presidente republicano Dwight Eisenhower
(1953-1961) lançou o Sistema
de Rodovias Interestaduais.
Aquele megaprojeto foi lançado por ato federal em 1956 e
ampliou e renovou a malha de
rodovias do país. O custo inicial
era de US$ 25 bilhões; acabou
ficando em US$ 425 bilhões em
dólares ajustados para hoje.
Nem Obama nem sua assessoria falaram em valores ontem.
Oficialmente em recessão
desde dezembro de 2007, os
EUA fecharam 533 mil vagas
em novembro, a maior queda
mensal em 34 anos. De janeiro
a novembro, foram perdidas 1,9
milhão de vagas. Há hoje 10,3
milhões de desempregados.
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