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ELEIÇÃO EM HONDURAS
Maioria dos hondurenhos compareceu às urnas, diz CNN
DA REDAÇÃO
Uma semana após a controvertida eleição presidencial em Honduras, análise da
emissora americana CNN
sobre dados oficiais apontou
índice de 56,6% de participação no pleito que elegeu o
conservador Porfirio Lobo.
Os números de comparecimento são importantes porque refletem a confiança dos
hondurenhos em uma eleição realizada sem a restituição do presidente deposto,
Manuel Zelaya.
Enquanto a Justiça Eleitoral de Honduras não divulga
os números finais da apuração, persistem discrepâncias
sobre a taxa de participação.
Dado parcial do TSE apontou 61,3%, e um grupo independente estimou o comparecimento às urnas em 48%.
Pelo cálculo da CNN, baseado em dados oficiais, a
participação deverá ser
maior do que os 55% da eleição presidencial que elegeu
Zelaya, em 2005. Mas fica
longe do comparecimento
forte apontado por partidários do presidente interino,
Roberto Micheletti.
O índice de participação
também ajuda a definir a opinião da comunidade internacional sobre o pleito. Países
como EUA e Colômbia disseram que reconhecerão Lobo.
Outros, como Brasil e Argentina, consideram a eleição
ilegítima por ter sido realizada sob regime golpista.
Em entrevista à emissora
hispânica Univisión, Lobo
disse ontem que buscará
uma "relação cordial" com a
comunidade internacional,
mas sem subordinação ao
presidente da Venezuela,
Hugo Chávez. A aproximação entre Chávez e o governo
Zelaya, iniciada em 2008, está na origem da crise no país.
"O que é inaceitável é qualquer tipo de subordinação
política", disse Lobo.
Já Zelaya acusou o presidente dos EUA, Barack Obama, de contribuir para a crise. "O presidente Obama arrumou sua casa e desarrumou a nossa."
O número um dos EUA para a América Latina, Arturo
Valenzuela, negou que o país
tenha mudado de opinião sobre Honduras. Afirmou que
os EUA sempre reconheceram Zelaya como "presidente legítimo" e que a eleição é
"necessária, mas não suficiente" para resolver a crise.
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