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"EIXO DO MAL"
Para Cheney, "opções estão na mesa" para Teerã
Irã verá conseqüências se insistir em plano nuclear, afirma Cheney
DA REDAÇÃO
Os EUA não permitirão que o
Irã obtenha armas nucleares, e
Teerã vai encarar "conseqüências
significativas" se insistir em desafiar a comunidade internacional,
disse ontem o vice-presidente
americano, Dick Cheney. A despeito das recomendações contrárias dos EUA e da Europa, Teerã
retomou em janeiro seu programa de enriquecimento de urânio.
A administração do presidente
George W. Bush, temendo que o
projeto busque desenvolver armas nucleares, defende que o Irã
seja denunciado ao Conselho de
Segurança (CS) da ONU. O CS
tem competência para aplicar
sanções, como embargos.
Cheney, em seu discurso ao Aipac (lobby americano pró-Israel),
esclareceu que os EUA "mantêm
todas as opções na mesa".
O dia de ontem teve outras frentes de discussão. Em Viena, a
AIEA (Agência Internacional de
Energia Atômica), ligada à ONU e
responsável pela vistoria em instalações nucleares no mundo,
reuniu-se para dar continuidade
aos debates sobre o caso iraniano.
Em Washington, a secretária de
Estado dos EUA, Condoleezza Rice, reuniu-se com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov. Depois da reunião,
ela declarou: "Os EUA foram bem
claros. O enriquecimento [de urânio] e o reprocessamento em solo
iraniano não são aceitáveis".
Lavrov usou a ocasião para desmentir que a Rússia defendesse a
proposta de permitir o enriquecimento de urânio em pequena escala no Irã, divulgada ontem pela
imprensa e rejeitada pelos EUA.
Mesmo em pequena escala, a
pesquisa nuclear iraniana pode
chegar ao desenvolvimento de armas atômicas em menos de uma
década, afirmam analistas. Nesse
temor justifica-se a intransigência
americana, resumida ontem no
discurso de Cheney: "O regime
iraniano precisa saber que, se
continuar na atual direção, a comunidade internacional está preparada para impor conseqüências
significativas".
Com agências internacionais
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