São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2006

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País reconhece erro por míssil que matou garoto

DA REDAÇÃO

O governo israelense não chegou a apresentar desculpas formais, mas lamentou ontem que três civis -entre eles um garoto de oito anos- tenham sido mortos, na segunda-feira, por dois mísseis que tinham por alvos supostos terroristas do Jihad Islâmico.
Relatório sobre o incidente, elaborado pela Força Aérea e revelado pelo jornal "Haaretz", diz que às 17h30 de anteontem os serviços de inteligência foram informados de que dois dirigentes do Jihad, Munir Sukar e Ashraf Shaluf, locomoviam-se na cidade de Gaza dentro de uma perua de sorveteiro.
Os dois mísseis foram disparados, sem que os militares israelenses percebessem que o veículo se aproximava de um grupo de civis.
Quando se deram conta de que inocentes morreriam, os militares israelenses não tinham mais tempo para mudar a rota dos mísseis.
O comandante da Força Aérea israelense, brigadeiro Eliezar Shakedi, afirmou que seu país "toma precauções sobre-humanas" para não atingir não-combatentes.
Disse que até 2003 a metade dos palestinos mortos por mísseis israelenses o foram por engano, mas que no ano passado essa proporção de vítimas alheias ao conflito caiu para apenas 3,5%.
O Jihad Islâmico prometeu bombardear o centro da cidade israelense de Ashkelon, localizada a apenas 11 km de Gaza, em resposta ao incidente de segunda-feira.
Os subúrbios industriais ao sul daquela cidade têm sido atingidos por mísseis de produção caseira. A região fica a apenas 8 km de Gaza, e só mísseis de maior alcance aumentariam os estragos.


Com agências internacionais

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