DO "FINANCIAL TIMES"

Promotores dos EUA fecharam uma rede baseada na China que supostamente fornecia material aos programas nuclear e de mísseis iranianos, com ajuda involuntária de alguns dos maiores bancos de Wall Street.
A iniciativa foi anunciada no momento em que os EUA tentam retardar o progresso do programa nuclear de Teerã e em que Obama busca tempo para negociações com o Irã. É provável que ela também teste o relacionamento de Washington com Pequim.
Segundo a denúncia, o chinês Li Fang Wei é acusado de criar empresas para disfarçar vendas ilegais. Ele lançou mão de nomes e firmas de fachada para acessar o sistema bancário dos EUA, usando ao menos seis grandes bancos como Citigroup, JP Morgan e Bank of America.
Os bancos de Nova York teriam sido usados para financiar vendas de componentes ao Irã, numa cadeia que envolvia pagamentos por bancos iranianos em transações em euro e dólar com instituições chinesas entre 2006 e 2008.
Os componentes em questão incluem 24,5 toneladas de barras de aço que podem ser usadas tanto para mísseis quanto em centrífugas de enriquecimento; 15 toneladas de uma liga de alumínio usada quase exclusivamente para mísseis de longo alcance e toneladas de outras substâncias.
O Tesouro dos EUA proibiu pessoas físicas e jurídicas de terem relação comercial com Li, oito empresas de fachada e seis grupos suspeitos de laços com o Irã.


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