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Repercussão
EUA saúdam escolha de conservador
DA REDAÇÃO
O governo do presidente
americano, George W.
Bush, espera restabelecer
uma relação privilegiada
com a França com a eleição de Nicolas Sarkozy,
depois de um período de
deterioração provocado
pela oposição do presidente Jacques Chirac à guerra
no Iraque. O entusiasmo
da Casa Branca se refletiu
na imprensa americana,
que dedicou manchetes
saudando a escolha de um
presidente francês pró-Estados Unidos.
"Sarkozy pode escrever
a história e desenhar um
novo papel para a França
no mundo", escreveu o
"Wall Street Journal". No
entanto, o especialista em
relações franco-americanas Simon Serfaty, do
Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos
(CEIE), acredita que não
haverá mudanças radicais
na diplomacia francesa,
particularmente com relação ao Oriente Médio.
A opinião dele é compartilhada por Michael
Moran, do Conselho de
Relações Exteriores: "À
medida que a campanha
eleitoral avançava, Sarkozy se distanciou prudentemente de Washington e reafirmou sua oposição à guerra no Iraque".
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, expressou confiança nas
chances de Sarkozy reorientar a França no rumo
da integração européia.
Mas as autoridades de
Bruxelas estão preocupadas com algumas promessas do novo presidente,
inspiradas na sua visão de
política comercial, que inclui um forte protecionismo nacional e europeu.
Durante a campanha, Sarkozy culpou várias vezes o
Banco Central Europeu
pela valorização do euro
-que, na sua opinião, prejudica a competitividade
da Europa. Sarkozy é visto
como menos comprometido com o lobby agrícola,
mas seu chamado para
reativar o princípio da
"preferência comunitária"
lembra, para muitos em
Bruxelas, os anos 1960, ou
soa como uma tentativa de
erguer uma "fortaleza Europa", em lugar de aderir à
globalização.
Turquia
O pretendido ingresso
da Turquia na União Européia deve provocar muitos conflitos entre o novo
governo francês e a UE.
Sarkozy se opõe à candidatura turca ao bloco europeu, contrariamente à posição aprovada por unanimidade pelos Estados-membros, que votaram
pelas negociações. "Se um
ou alguns Estados-membros quiserem mudar ou
questionar o mandato da
UE para levar adiante as
conversações, terão de tomar a iniciativa de assumir
a responsabilidade pelas
conseqüências", afirmou
Durão Barroso.
Com agências internacionais
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