|
Texto Anterior | Índice
LÍBANO
Greve provoca violência e agrava impasse no governo
DA REDAÇÃO
A crise política que deixou
o Líbano sem presidente nos
últimos sete meses degenerou ontem em novos confrontos entre partidários do
premiê sunita pró-Ocidente
e forças oposicionistas ligadas ao grupo radical xiita
Hizbollah e alinhados à Síria.
O estopim para a retomada
da violência foi uma greve
geral contra os baixos salários convocada pelos sindicatos e estimulada pelo Hizbollah. Simpatizantes do
grupo xiita bloquearam com
pneus em chamas as principais avenidas de Beirute e
queimaram carros. Após várias pessoas terem ficado feridas nos confrontos entre
partidários do governo e da
oposição, os sindicatos pediram que a greve fosse "reprogramada por razões de segurança".
Apesar da calmaria no fim
do dia, as manifestações foram uma clara tentativa de
derrubar o governo do premiê pró-Ocidente Fuad Siniora, agravando a crise que
deixou o Líbano sem presidente desde a saída do pró-Síria Émile Lahoud -cristão,
como prevê a complexa legislação libanesa de partilha
do poder- em novembro.
Desde então, governistas e
oposição não conseguem
chegar a um acordo no Parlamento para a eleição indireta
do novo presidente. A sessão
para a definição do chefe de
Estado já foi adiada 17 vezes.
Apesar do consenso sobre a
escolha do chefe das Forças
Armadas, Michel Suleiman,
para ocupar o cargo, o Hizbollah não abre mão de ter poder de veto no gabinete.
Os confrontos ocorreram
um dia após o governo acusar
o Hizbollah de violar a soberania do país, ao montar sua
própria rede de telecomunicações e instalar câmeras no
aeroporto de Beirute.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Frase Índice
|