São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2008

Texto Anterior | Índice

LÍBANO

Greve provoca violência e agrava impasse no governo

DA REDAÇÃO

A crise política que deixou o Líbano sem presidente nos últimos sete meses degenerou ontem em novos confrontos entre partidários do premiê sunita pró-Ocidente e forças oposicionistas ligadas ao grupo radical xiita Hizbollah e alinhados à Síria.
O estopim para a retomada da violência foi uma greve geral contra os baixos salários convocada pelos sindicatos e estimulada pelo Hizbollah. Simpatizantes do grupo xiita bloquearam com pneus em chamas as principais avenidas de Beirute e queimaram carros. Após várias pessoas terem ficado feridas nos confrontos entre partidários do governo e da oposição, os sindicatos pediram que a greve fosse "reprogramada por razões de segurança".
Apesar da calmaria no fim do dia, as manifestações foram uma clara tentativa de derrubar o governo do premiê pró-Ocidente Fuad Siniora, agravando a crise que deixou o Líbano sem presidente desde a saída do pró-Síria Émile Lahoud -cristão, como prevê a complexa legislação libanesa de partilha do poder- em novembro.
Desde então, governistas e oposição não conseguem chegar a um acordo no Parlamento para a eleição indireta do novo presidente. A sessão para a definição do chefe de Estado já foi adiada 17 vezes. Apesar do consenso sobre a escolha do chefe das Forças Armadas, Michel Suleiman, para ocupar o cargo, o Hizbollah não abre mão de ter poder de veto no gabinete.
Os confrontos ocorreram um dia após o governo acusar o Hizbollah de violar a soberania do país, ao montar sua própria rede de telecomunicações e instalar câmeras no aeroporto de Beirute.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.