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Casa Branca cogita reintegrar Coreia do Norte à lista do terror
Hillary Clinton diz que EUA pensam em reverter decisão tomada em 2008 em meio a acenos a regime de Pyongyang
Secretária de Estado relata ter recusado convite inicial para chefiar diplomacia, sob argumento de "não ser a pessoa certa" para o cargo
DA REDAÇÃO
Um dia após o presidente Barack Obama usar o tom mais
duro até agora em relação à Coreia do Norte, a secretária de
Estado Hillary Clinton disse
ontem que os EUA cogitam incluir novamente a ditadura de
Pyongyang na lista dos países
patrocinadores do terrorismo.
Pyongyang irritou a Casa
Branca ao realizar no mês passado um teste com ogiva nuclear e mísseis capazes de atingir o Japão e a Coreia do Sul.
O arsenal usado nos exercícios, que violam resolução do
Conselho de Segurança da
ONU, tem potência estimada
em cinco vezes superior a testes de 2006 e provocaram reprovação internacional unânime. Pyongyang revidou invalidando armistício de 1953 com
Seul, cujo governo é pró-EUA.
Em visita à França anteontem, Obama acusou a Coreia do
Norte de ter agido de forma
"extraordinariamente provocadora" ao realizar testes nucleares e de estar "testando os
limites da diplomacia".
Questionada numa entrevista à TV ABC divulgada ontem
se os EUA cogitam reintroduzir
a Coreia do Norte à lista do terror, ao lado de Irã, Cuba, Síria e
Sudão, Hillary afirmou que o
governo americano está "pensando no assunto".
"Vamos analisar isso. Há um
processo para fazê-lo. Obviamente, teríamos de ver evidências recentes de seu apoio ao
terrorismo internacional", disse a secretária de Estado.
Os EUA retiraram a Coreia
do Norte da lista em outubro
último, como parte dos esforços para reativar as conversas
diplomáticas sobre a desnuclearização de Pyongyang.
A isolada nação comunista
foi retirada da lista após concordar com uma série de medidas de verificação de suas instalações nucleares. Mas um recente teste de míssil de longo
alcance encerrou as conversas.
Países oficialmente considerados patrocinadores do terror
não podem receber ajuda econômica nem fazer tratados comerciais e acordos financeiros
com entidades dos EUA, entre
outros vetos.
Hillary disse esperar que seja
adotada em breve uma resolução contundente com novas
sanções contra a Coreia do
Norte por parte do Conselho de
Segurança, com o apoio de China e Rússia, que anteriormente
recuaram de tais medidas e têm
direito de veto no conselho.
Na mesma entrevista à TV
ABC, Hillary Clinton relatou
ter inicialmente declinado a
proposta para chefiar o Departamento de Estado feita por
Obama, que fora seu rival nas
prévias democratas à eleição
presidencial de novembro.
"Quando Obama me pediu
para conversar com ele, eu lhe
disse: "sabe, não acho que eu seja a pessoa certa para o cargo,
quero voltar à minha vida normal [...]. Sugeri então o nome de
várias pessoas que dariam ótimos secretários de Estado",
disse Hillary.
Ela diz só ter aceitado o convite porque Obama foi "persistente e muito persuasivo".
Com agências internacionais
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