DA REDAÇÃO

Enquanto negocia com os EUA um plano de reformulação da fronteira norte, o México está decidido a endurecer o controle sobre o fluxo de pessoas através de seus limites meridionais -uma antiga reivindicação das autoridades americanas.
O governo anunciou que gastará quase US$ 11 milhões para aumentar a presença policial e as instalações de vigilância na fronteira com Guatemala e Belize.
É por essa região que entram milhares de latino-americanos e migrantes até da China que usam o México como corredor para entrar nos EUA. São frequentes as denúncias de que, mediante o pagamento de um "pedágio", os caminhões carregados de pessoas, armas ou drogas recebem permissão para passar.
Não há cifras confiáveis sobre a quantidade de pessoas que usam a fronteira sul para atingir o território americano. As prisões feitas pela polícia é que oferecem alguma dimensão do fluxo.
No ano passado, o México deportou 150 mil estrangeiros -a maioria havia penetrado no país por Guatemala ou Belize. As autoridades calculam que, para cada migrante apanhado, entre três e cinco conseguem escapar.
Em 2000, os EUA capturaram 28 mil ilegais que haviam entrado no país depois de passar pela fronteira meridional mexicana.
Parte da população americana ficou alarmada com o espectro da "latinização" após a divulgação do Censo 2000 dos EUA.
A presença hispânica só tem crescido nos EUA: 57,9% na última década -de 22,4 milhões em 1990 a 35,3 milhões em 2000.


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