São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2008

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ZIMBÁBUE

União Africana manifesta dissenso com linha-dura do G8

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A HOKKAIDO

O presidente de turno da União Africana, Kakara Kikwete (Tanzânia), explicitou ontem divergências em relação à linha dura que os líderes do G8 pretendem adotar em relação a Robert Mugabe, o ditador do Zimbábue.
Vários governantes do mundo rico anteciparam, no domingo, a intenção de declarar ilegítimo o governo Mugabe, com a conseqüente adoção de novas sanções.
Mas, ontem, em reunião entre o G8 e um grupo de sete países africanos, Kikwete sentou-se ao lado do norte-americano George Walker Bush e lhe disse: "As preocupações que o senhor levantou são compartilhadas por muitos de nós. O único ponto em que pode haver divergência é quanto ao método".
Divergência nada desprezível: o G8 quer, na prática, tirar Mugabe do poder. A União Africana defende a formação de um governo de unidade nacional, com a participação de Morgan Tsvangirai, o líder oposicionista que ganhou o primeiro turno da eleição no Zimbábue, mas se viu forçado a renunciar à disputa do turno final devido à violência do regime.
Por isso o Reino Unido cobrou do G8 "uma mensagem firme ao Zimbábue de forma a permitir que a democracia seja garantida".


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