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ZIMBÁBUE
União Africana manifesta dissenso com linha-dura do G8
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A HOKKAIDO
O presidente de turno da
União Africana, Kakara Kikwete (Tanzânia), explicitou
ontem divergências em relação à linha dura que os líderes do G8 pretendem adotar
em relação a Robert Mugabe,
o ditador do Zimbábue.
Vários governantes do
mundo rico anteciparam, no
domingo, a intenção de declarar ilegítimo o governo
Mugabe, com a conseqüente
adoção de novas sanções.
Mas, ontem, em reunião
entre o G8 e um grupo de sete países africanos, Kikwete
sentou-se ao lado do norte-americano George Walker
Bush e lhe disse: "As preocupações que o senhor levantou são compartilhadas por
muitos de nós. O único ponto
em que pode haver divergência é quanto ao método".
Divergência nada desprezível: o G8 quer, na prática,
tirar Mugabe do poder. A
União Africana defende a
formação de um governo de
unidade nacional, com a participação de Morgan Tsvangirai, o líder oposicionista
que ganhou o primeiro turno
da eleição no Zimbábue, mas
se viu forçado a renunciar à
disputa do turno final devido
à violência do regime.
Por isso o Reino Unido cobrou do G8 "uma mensagem
firme ao Zimbábue de forma
a permitir que a democracia
seja garantida".
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