DA REDAÇÃO

O presidente eleito do México, Felipe Calderón, afirmou ontem que conseguirá arrancar uma reforma imigratória "concreta" do Congresso americano até o fim do governo de George W. Bush, em janeiro de 2009. "Trabalharemos intensamente para isso".
O conservador Calderón, que falara por telefone com o presidente americano na véspera, disse que acredita que a Casa Branca está pronta para agir.
O presidente Vicente Fox, que chegou ao governo também prometendo um acordo imigratório com os EUA, não conseguiu avançar no tema. Dias antes do 11 de Setembro, ele esteve na Casa Branca e pediu um acordo generoso de imigração, prometido por Bush.
Após os atentados, com a pressão interna por maior controle das fronteiras, a promessa dos EUA foi abandonada.
Calderón toma posse no próximo 1º de dezembro. O mandato é de seis anos, sem direito à reeleição. Ele foi confirmado anteontem vencedor da eleição presidencial de 2 de julho após uma batalha judicial movida pelo candidato derrotado Andrés Manuel López Obrador, que acusou haver fraudes.
O esquerdista, que não reconheceu a vitória de Calderón e mantém um protesto que bloqueia a principal avenida da Cidade do México, prometeu criar um governo paralelo e "refundar a República".
A primeira viagem do conservador ao exterior será para a Guatemala. Calderón também prometeu que melhorará os laços com Cuba, Venezuela e Bolívia, deteriorados sob Fox, e que estreitará as relações com Brasil e Argentina.


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