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País estava em
ruínas mesmo
antes do ataque
DA REDAÇÃO
O Afeganistão está longe
de ser um alvo fácil para os
norte-americanos. Os objetivos de um ataque como o
de ontem são complicados
de se definir. A estrutura do
país está praticamente destruída por mais de 20 anos
de guerra.
O início dos ataques ontem deve agravar ainda mais
a crise alimentar afegã, com
milhares de refugiados tentando deixar o país de mais
de 20 milhões de habitantes
encontrando as fronteiras
dos vizinhos fechadas.
Os EUA já anunciaram
US$ 320 milhões em ajuda à
população afegã, e a ONU
disse anteontem que reuniu
promessas de países ricos de
doar quase US$ 600 milhões.
O passado recente do Afeganistão é marcado por conflitos. Primeiro os afegãos
enfrentaram os soviéticos,
entre 1979 e 90, deixando as
grandes cidades do Afeganistão, como a capital, Cabul, em ruínas. Com a expulsão das tropas da URSS, os
guerrilheiros islâmicos, que
tiveram apoio dos EUA, começaram a lutar entre si,
num conflito que prossegue
até hoje.
Agora a luta é entre o Taleban, que assumiu o poder
em Cabul em 96 e controla a
maior parte do país, e a
Aliança do Norte, coalizão
político-militar que domina
uma parte do território.
O Afeganistão provou ser
difícil de ser conquistado
por potências estrangeiras.
Não apenas os soviéticos fracassaram em tentativas de
penetrar no Afeganistão. Os
britânicos também foram
expulsos, no século 19.
Analistas dizem que, com
o Taleban fora do poder, não
há uma força única com capacidade de unificar um país
com tal diversidade étnica.
Com agências internacionais
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